XM8 – Parte 1

O XM8 foi a última tentativa da HK de colocar no mercado um fuzil de assalto moderno baseado no G36. Embora o conceito dele fosse relativamente moderno, a arma em si ainda continuava sendo um projeto do começo dos anos 90. Com um rendimento superior ao G36, por pouco não foi adotado pelo EUA como substituto da família M16. Embora tenha sido cancelada a compra, o XM8 se mostrara como um dos primeiros fuzis modernos do pós 1991.

 

Origens

No final dos anos 90 o exército americano viu que, embora continuasse tendo um ótimo serviço, a família M16 tinha chegado ao máximo de sua linha evolutiva. Em comparação com as armas da década de 90 e, em relação aos projetos vindouros, estava claro que o fuzil de assalto que substituiria o M16 teria de ter uma maior tecnologia e conceito se quisesse estar na vanguarda no mundo dos fuzis de assalto. Em virtude das vestimentas balísticas e da maior intensidade dos combates urbanos, surge um programa radical que visava uma maior chance de acertar o alvo. Surgia assim o programa Objective Individual Combat Weapon – OICW.

Este programa visava uma arma radical. A ideia era unir um lançador de granadas de fragmentação a um fuzil de assalto em uma única arma. Isso não era uma ideia nova, o uso do M16A2 com o M203 já mostrava essa praticidade, porém de forma mais limitada. Com o programa OICW, o fuzil de assalto seria em calibre 5,56 x 45 mm enquanto que o lançador de granadas seria automático, utilizando uma munição de 20 x 85 mm mais fina e larga que as convencionais granadas de 40 mm. O conceito era o uso dessas granadas contra alvos atrás de obstáculos ou impactos diretos. O acerto se daria por uma mira ótica com um computador integrado que calcularia a distância, o ângulo e o tempo de detonação, de forma em que o soldado apenas apertaria o gatilho.

XM29.

Assim surge a XM29 em 2002, produzido pela HK. Uma arma com dois canos. Em cima o lançador de granadas de 20 mm e embaixo a carabina automática de 5,56 x 45 mm. O coração central do sistema era a mira. Ela tinha a capacidade de mira reflexiva de 3x. Tinha visão noturna, visão termal, apontador laser e medidor de distância a laser. O computador fazia todos os cálculos de forma independente, para que o soldado tivesse maior chance de acerto no 1º disparo de granada. Entretanto, o sistema apresentou alguns entraves.

Ele era considerado muito pesado para um fuzil regular de um soldado. O peso estava na ordem de 7 Kg, sem contar a munição que o soldado teria de carregar. O XM29 foi considerado muito grande para ser operado como um fuzil de assalto e, para piorar, o grande peso e tamanho tornou a arma muito volumosa, gerando uma arma sem ergonomia de operação. Embora o sistema de mira funcionasse perfeitamente, a granada não tinha a letalidade que se esperava. A fragmentação não era tão eficaz como se esperava, tornando a arma pesada para um rendimento muito limitado. Da forma como estava, o XM29 era uma arma que ainda precisava ser reformulada para uso.

XM29.

Isso não significou o fim do programa. Houve a decisão de dividir o programa em 3 fases. 1ª fase, desenvolver um fuzil de assalto com base no conceito do programa. 2ª fase, um lançador semiautomático de granadas independente. Quando essas duas armas fossem feitas, seria feita a 3ª fase, uma arma unindo um novo fuzil de assalto e um novo lançador de granadas. A HK não perde tempo para trabalhar em cima do fuzil de assalto.

Conceito artístico do XM8 ainda do final dos anos 90.

Os trabalhos eram feitos de forma paralela. Enquanto as equipes ainda pesquisavam de quais mecanismos seriam usados, quais materiais empregados e quais doutrinas de emprego poderiam ser desenvolvidas, os engenheiros da HK iniciaram um programa de avaliação usando mockups para ver como ficaria o layout da arma e se haveria praticidade e interesse pela arma antes de partir para um protótipo funcional.

Mockup do XM8.

A arma usada na montagem do XM29 era um G36 adaptado. Visando ganhar tempo e usar o knowhow adquirido com o programa, a HK usa essa mesma plataforma para trabalhar em cima do XM8 já que o tempo era muito escasso. Como XM29 apresentava problemas e para não perder tempo, em 2000 é feita a divisão das fases citadas acima. Isso significava que a HK tinha que ofertar um fuzil em menos de 3 anos se ainda quisesse tempo para os testes de campo. Foi um fuzil feito às pressas.

Protótipos de carabina com base no G36.

O fato de entregar um fuzil de assalto novo em tão pouco tempo já mostra um grande feito que a HK conseguia fazer. O grande feito não foi nem a entrega de uma arma funcional em pouco tempo, e sim fazer uma arma funcional em pouco tempo com pouco investimento, já que o programa dependia do financiamento americano.

Protótipo do XM8 com mira ótica integrada.

 

XM8 – 1ª Versão

 

O XM8 é apresentado em 2003. Visualmente falando, o XM8 pode ser diferente do G36, mas internamente é quase a mesma arma. A primeira coisa a se fazer foi trabalhar em cima do peso. Como o XM29 exigia uma carabina mais leve para que diminuísse o peso final da arma, a carabina tinha que ser o mais leve possível. A HK aposta que um fuzil de assalto mais leve seria melhor para o soldado. Para isso a HK usa outro tipo de polímero, um polímero mais leve e bem mais resistente do que o material usado no G36. A ideia era fazer um fuzil de assalto mais leve que o M4 e conseguiram uma arma 20% mais leve. Isso tornou o XM8 com um peso de meros 2,8 Kg. A título de comparação, o M4 carregado e equipado pesava 4 Kg.

A modularidade foi um ponto que muito agradou. A modularidade já havia sido pesquisa com o sistema Stoner 63, entretanto, esse sistema surgiu numa época em que as forças armadas americanas estavam adotando o M16 e não havia interesse e dinheiro para começar uma substituição em massa de uma arma que havia recém sido desenvolvida. Olhando essa necessidade, a HK investe na modularidade mais uma vez. Isso permitia manter somente a caixa da culatra e a empunhadura como partes vitais do conceito da arma. Canos, coronhas, guardamãos, acessórios, miras, carregadores, podiam ser trocados com poucas ferramentas e em tempo bem menor. Isso para dar maior praticidade e versatilidade nos mais variados tipos de missões.

XM8.

A modularidade não era somente uma versatilidade, mas ajudava muito no custo de produção e na logística da arma. A modularidade visava também a redução ao máximo de custos, para todos os soldados, tropas especiais, comandos, etc, já que são as mesmas peças do mesmo fornecedor. Isso agiliza a cadeia logística reduzindo o valor final da arma. Tendo um único sistema para todos, não se tem a necessidade de comprar armas especiais que, por sua vez, vão exigir uma nova cadeia logística de produção e fornecimento de peças, encarecendo ainda mais o orçamento. Sem falar no treinamento que gera um custo menor quando todos tem a mesma plataforma e não plataformas diferentes.

Na época estavam sendo aceitos os M4 e M16A4. Muitos pensavam que a ideia da redução de custos não faria sentido já que essas armas eram novas. A bem da verdade era uma fração minoritária dessas armas eram novas se comparado com todos os M16A2 e M16A1 em uso pelas forças armadas americanas. Essa maioria de fuzis logo estaria de baixa e haveria a necessidade de uma nova arma para todas elas. O M4 e M16A4 apresentaram alguns problemas no Iraque e Afeganistão (principalmente o M4) e se refletia se valia a pena manter a compra desses fuzis de projeto já defasado.

Assim como o G11, e mais tarde o G36, foi mantido o conceito de rápida aquisição do alvo, com a mira reflexiva posicionada mais acima. Porém a mira usada no XM8 era de tecnologia mais complexa que a mira usada no G36, porém simples de usar. A mira ISMV englobava dois módulos. Uma mira reflexiva de ponto vermelho, onde o soldado podia mirar com os dois olhos abertos, e um apontador laser. A bateria durava até 110 horas com ponto vermelho em luminosidade mínima e 7 horas para o apontador laser. A graduação podia ser feita para distâncias maiores de 300 metros e correções de ventos laterais. A combinação era automática para ambos os sistemas e isso se mostrou muito prático ao soldado. Ainda havia um apontador infravermelho para alvos fixos.

XM8 - 1ª Geração.

Seguindo a filosofia de simplicidade de uso, a HK mantém o mesmo padrão do G36 no XM8. Os controles são simples de usar, com sistema semi e auto. A HK não usa mais o sistema de burst porque para que o sistema fosse eficaz, o fuzil deveria ter uma alta cadência de disparo que permitisse uma menor dispersão. Com uma cadência normal, não havia porque inserir nesse sistema. A coronha retrátil era manipulada com apenas 1 botão. Retém do carregador e ferrolho eram iguais ao G36. A simplicidade também se estendia à manutenção do fuzil. Ele fora desenhado para ser simples de montar e desmontar, assim como retirar e trocar as peças internas, mais uma vertente da modularidade. Enquanto que o M4 levava 15 minutos para fazer a manutenção de campo, o XM8 levava 7 minutos. E levando em conta a simplificação, a HK desenvolve um novo padrão de acoplar acessórios e miras no fuzil.

Os primeiros modelos usavam trilhos picatinny, mas a HK opinou que o sistema, embora confiável, era um pouco complexo e não tão simples como se imagina. Uma versão de acoplagem foi desenvolvida, o PCAP – Picatinny Combat Attachment Points. Não era um sistema de trilhos e sim de orifícios ovais. Nesses orifícios, o encaixe era simples e direto, já fixo com o acessório ou mira que fosse usar. Bastava prender e clicar. Com o trilho picatinny, muitas vezes o acessório tinha que ser reajustado ou a mira recalibrada. Com o sistema PCAP isso não era mais necessário. Nada impedia de se usar o trilho picatinny no XM8, bastando usar um adaptador que prendesse ao PCAP.

Um ponto que a HK não se rendeu foi ao carregador padrão STANAG. Testes feitos e, assim como o uso continuo, mostraram que os carregadores do M16 tinham alguns problemas de alimentação quando submetidos a sujeiras ou desgaste prematuro. Isso já havia sido constado no G36 e no XM8 a HK mantém a posição de usar um carregador diferente de plástico semitransparente. Entretanto, isso poderia ser um problema. Os EUA tinham milhões de carregadores padrão STANAG. Caso o XM8 fosse selecionado, haveria que se trocar todos esses carregadores, demandando uma quantidade maior de dinheiro que, com certeza, seria um ponto negativo caso a meta fosse a redução de custos.

XM8.

Isso se mostra como um paradoxo uma vez que o fuzil fora concebido para ser mais econômico. O XM8 fora feito como o G36, um fuzil quase selado por fora. Isso faria uma arma mais resistente a sujeira. Não só isso, o material e desenho das peças internas fariam o XM8 durar mais, o que geraria uma economia maior. Por exemplo, com o mínimo de limpeza e sem lubrificação, o fuzil poderia disparar 15.000 disparos sem panes, levando em conta que o cano tinha uma duração de 20.000 disparos. A título de comparação, o cano do M4 durava em média 8.000 disparos.

Uma diferença com o G36 era o cano. O XM8 usa o mesmo conceito do HK41 e versões posteriores do G3. O uso do cano poligonal de seis lados. Esse cano não tinham raias, mas lados que giraram no sentido horário. Como os gases eram completamente aproveitados, a pressão era maior, dando ao projétil maior energia, mais alcance, maior precisão e maior durabilidade do cano. Sem raias, não havia diferença de pressão nas saliências e paredes do cano, dando uma maior duração ao cano que, por sua vez, diminuía os custos de manutenção.

Ainda em outubro de 2003 ocorrem os primeiros testes com o XM8. O XM8 tinha quatro versões. O fuzil de assalto, com um cano de 317 mm. A versão compacta tinha um cano de 228 mm. A versão metralhadora leve e a versão para DMR tinha 508 mm. A versão metralhadora leve tinha um cano mais pesado e um carregador para 100 cartuchos. Os XM8 foram enviados para várias regiões diferentes. No Alasca enfrentou a neve, no Panamá o calor e umidade e no Arizona enfrentou o calor e aridez. E os testes exaustivos mostraram muitas coisas interessantes.

XM8.

Como descoberto mais tarde com o G36, o XM8 tendia a esquentar. Após os disparos em rajadas ou contínuos eles notaram que o fuzil esquentava muito no guardamão. Isso se dava porque a arma como um todo era de polímero e o calor se espalhava por ela. Como o cano tendia a esquentar mais, o calor se acumulava no guardamão a ponto de entortar ele por alta temperatura. Essa temperatura alta se dava porque, embora mais resistente, o polímero era muito fino e não absorvia o calor. Por outro lado, o aspecto do polímero foi elogiado porque sua superfície era rugosa e ficava mais fácil de segurar ou manipular o fuzil quando molhado. Isso foi visto como algo crítico no G36 que tinha o polímero muito liso, onde muitas vezes ele escorregava das mãos nessas situações.

Outro ponto negativo foi a queda na precisão. Nos testes de disparo foi visto uma maior dispersão contra os alvos. Porém o motivo era diferente do problema do G36. No XM8, como o fuzil era muito leve, a absorção do recuo pelo peso era menor. Isso faz com que o recuo seja maior em tiros consecutivos ou rajadas curtas. Isso fazia com que o recuo maior fizesse o cano levantar mais. Por mais leve e recuo menor que tenha o 5,56 x 45 mm, ele não pode fazer milagres em uma carabina com peso de 2,8 Kg.

Por outro lado, o cano poligonal fez toda a diferença com o modelo compacto de cano 228 mm. Carabinas de cano curto tendem a ter um menor alcance, menor energia e menor velocidade em virtude do pouco aproveitamento dos gases. Com o cano poligonal, não há desperdício de gases porque estão praticamente aprisionados atrás do projétil, de tal forma que, como não existem raias, não há o escape de parte desses gases. Relativamente falando, a versão compacta do XM8 tinha um alcance e energia maior se comparados com outros fuzis de assalto de canos semelhantes.

XM8.

Um ponto não compreendido foi o peso do gatilho no XM8. Muitos o consideraram pesado e, de forma errônea, catalogaram como um problema para a precisão. Um gatilho pesado nem sempre é relacionado com algum problema de precisão. No caso do XM8 o problema era o peso muito leve do fuzil. O gatilho pesado do XM8 se dava pela mesma razão do G36. Ele fora concebido para ser resistente e com maior resistência de falhas. Isso fez com que ele fosse resistente a quedas de 2 metros de altura. A trava do gatilho o fazia ficar mais rígido.

A HK não pretendia usar o velho M203 como lançador de granadas. Ela opta pelo sistema XM320. Esse sistema usa granadas de 40 mm, tal qual o M203. Porém, ele é mais versátil. O M203 abria o cano empurrando para frente. Desta forma ele tinha uma capacidade exata de operar a granada de 40 mm com aquele máximo de comprimento. Com o XM320, o cano era aberto para o lado, não necessitando empurrar o cano para frente. Isso permitia uma maior flexibilidade quanto ao uso da munição porque se podia usar granadas mais compridas, não limitadas a um tamanho exato. Sem falar que era mais prático e rápido trocar a granada.

O XM8 foi testado não só em campos de testes do exército, mas foi posto em teste real em combates em 2004. Ele foi mandado para ações no Iraque e no Afeganistão, de onde vieram os melhores apontamentos do que a arma podia oferecer. Como esperado, a arma tendia a aquecer. O seu baixo peso se mostrou positivo para a tropa, embora em rajadas curtas o fuzil fosse mais difícil de controlar. A simplicidade de operação e manutenção foi um fator muito importante. Mas mais do que isso, foi o rendimento em combate.

XM8 testado no Iraque em 2004.

Em comparação com o M16A4, o XM8 se mostrou melhor em relação ao M16A4, mesmo tendo um cano menor. O cano poligonal se mostrou com uma equivalência praticamente igual com uma arma de cano menor que o M16A4, mantendo alcance e energia no mesmo patamar. Em relação ao M4, o XM8 se mostrou melhor em tudo. O maior alcance e energia do projétil supriam os problemas do M4 de baixo poder de parada e baixa precisão e alcance. Além disso, o índice de panes foi praticamente nada se comparado com o índice de panes do M4. Em campo, a manutenção era muito mais simples e rápida que o M4, sem falar que a arma atirava mais sem a necessidade de limpeza tão urgente, como no M4.

O uso da mira ISMV se mostrou um grande diferencial pela praticidade em campo aberto e em missões CQB. Entretanto, reclamaram da duração da bateria da mira. 110 horas para o ponto vermelho pode parecer muito, mas não é quando o soldado precisa levar o fuzil e esperar contato com o inimigo a qualquer momento. Ele não poderia ficar ligando e desligando a mira sob o risco de se deparar com um inimigo sem poder reagir a tempo.

XM8 em posse de um segurança privado no Iraque em 2004.

Uma grande surpresa foi o uso do XM8 por parte de equipes de segurança particulares no Iraque no ano de 2004. Ainda não se sabe como foi isso. Dificilmente a HK daria essa arma a empresas particulares quando o governo americano a estuda para ser o substituto de seus M16. O mais provável é que essa arma pode ter sido emprestada por alguma tropa regular americana. Cabe mencionar que o XM8 foi usado tanto no Iraque como no Afeganistão.

XM8 – 1ª Versão

Calibre: 5,56 x 45 mm
Comprimento total: 838 mm
Comprimento do cano: 318 mm
Cadência de disparo: 750 dpm
Peso: 2,6 Kg
Carregador: 30 ou 100 cartuchos

 

Como funciona

Após premir o gatilho, o cão acerta o percussor que está localizado dentro do ferrolho e, por sua vez, acerta a espoleta do cartucho. Ao deflagrar, os gases percorrem o cano e entram em um orifício situado na parte de cima do cano. Os gases são captados em um êmbolo onde pressionam um pistão interno. Esse pistão, com a energia dos gases, faz um curto recuo (por isso que se chama pistão de curso curto), batendo no transportador do ferrolho que está repousado na frente por ação da mola recuperadora.

Neste momento, o ferrolho rotativo é rotacionado para a esquerda, destravando-se quando os ressaltos se alinham com a saliência da câmara do cano. Com a força do movimento da pancada do pistão, o transportador do ferrolho, juntamente com o ferrolho, retrocede. O transportador do ferrolho segue um trilho na caixa da culatra que serve como guia para o movimento de retrocesso, comprimindo ao mesmo tempo a mola recuperadora localizada logo atrás. Quando o transportador do ferrolho chega ao seu curso final, essa mola recuperadora impulsiona o transportador do ferrolho para frente, ao mesmo tempo em que coloca um cartucho na câmara do cano. Ao chegar à base do cano, o ferrolho rotativo passa pelos ressaltos do cano e é rotacionado para direta, onde os ressaltos passam pela saliência da câmara do cano, travando o ferrolho ao mesmo tempo. Assim o sistema está apto para o próximo disparo. É o sistema de pistão de curso curto.