BREN 2

 

CZ 806 BREN 2

A experiência do uso do CZ 805 no Afeganistão serviu de base para uma série de refinamentos no 805. Isso é importante e é um exemplo quando um país reconhece que um fuzil tem um problema e o corrige. Isso está longe de ser um demérito, pelo contrário. E assim a CZ atuou para surgir o CZ BREN 2 em janeiro de 2015, um fuzil feito para ser mais leve e resistente. A experiência mostrara que o CZ 805, mecanicamente falando, não era ruim, pelo contrário. Porém, alguns pontos mostraram-se ruins. A ergonomia fora considerada mediana e para um fuzil com uso de alumínio e polímero, ele fora considerado pesado. Em combates reais, os soldados viram que o fuzil era frágil. Algumas partes de polímero apresentavam rachaduras. A coronha quebrava com facilidade e algumas partes internas tinham um desgaste prematuro.

BREN 2.

Visualmente falando, a maior diferença é a caixa da culatra. A parte de cima da caixa da culatra agora é uma peça maior que cobre todo o cano também formando um bloco de alumínio leve, o mesmo tipo de alumínio usado na indústria aeronáutica. A parte de baixo da caixa da culatra tem um tamanho menor em polímero, mas mantendo todas as dimensões internas das peças. O bloco de alumínio visava dar maior leveza e resistência ao fuzil. Uma nova coronha rebatível e retrátil é feita com base em um polímero mais espesso, para dar maior resistência a essa peça. A soleira tem uma grande peça de borracha. Isso não é para amortecer o disparo. Essa borracha é para proteger o fuzil contra pancadas. No Afeganistão os fuzis, sob estresse de combate, recebiam muitas pancadas pela coronha que por sua vez influenciavam em outras partes do fuzil.

Um novo tipo de gatilho foi feito. Ele é de dois estágios como o 805. E também é leve, sem a necessidade de muita força para o disparo. A diferença é que não existe mais o longo curso do gatilho. Agora o curso é curto, dando um disparo mais preciso. Também foi colocado, a pedido dos soldados, dois trilhos picatinnys nas laterais do guardamão. Isso fez muita falta em operações noturnas onde o uso de lanternas e apontadores lasers fizeram uma grande falta.

BREN 2 versão carabina.

A alavanca de manejo foi alterada. Agora ela não é mais presa ao transportador do ferrolho. Isso porque os soldados viram que, quando solidária, ao se movimentar a cada disparo, poderia limitar o uso da forma como se empunha, já que o soldado não poderia adotar a posição com o 1º dedo levantado. Além disso, poderia limitar o uso de algum acessório que estivesse no trilho picatinny. Para isto a alavanca deixa de ser solidária, ficando fixa a cada disparo, mas mantida para trás após o último disparo.

Entretanto, o fuzil tem a opção de fechar o ferrolho manualmente. Para tanto, é retirada a alavanca de manejo e inserida no mesmo trilho, porém, mais atrás, na altura da janela de ejeção. E assim poderá fechar manualmente o ferrolho. Mas logo em seguida, o soldado deverá retirar a alavanca de manejo e posicioná-la na posição original. Isso não é um demérito. Ocorre que os exércitos que passaram por uma modernização em sua doutrina já não trabalham mais com a ideia de fechar o ferrolho manualmente em caso de necessidade. Isso se dá pelo simples motivo de que a arma está em pane e forçar o fechamento do ferrolho de uma arma em pane é apenas aumentar o risco de acidente.

E após o último disparo, o ferrolho continua travado atrás. A novidade é que agora o fuzil ganha um retém do ferrolho. Ele fica localizado dentro do guardamato, na frente do gatilho, sendo assim uma peça ambidestra. Mesmo assim, caso o soldado puxe um pouco a alavanca de manejo, o ferrolho será liberado. E como o fuzil fora desenvolvido desde o começo para usar carregador padrão STANAG, ele tem dois reténs de carregador nas laterais. Mesmo no fuzil na versão calibre 7,62 x 39 mm, ele adota esses reténs e não o retém atrás do carregador, pois o carregador nesse calibre não é o mesmo usado no AK-47.

BREN 2 convertido para o calibre 7,62 x 39 mm.

Os tchecos tiraram a opção de burst de 2 disparos. Em combate, os soldados não usavam esse sistema porque foi considerado completamente inútil. Era uma seleção a mais para evitar exigindo mais atenção do soldado na hora de selecionar o regime de disparo. E mesmo assim o fuzil não apresentava nenhuma vantagem com o sistema de burst. Agora o fuzil só tem auto, semi e travado. Além de simplificar o grupo do gatilho, isso também gera uma arma um pouco mais barato na produção.

Cabe mencionar o curioso formato do quebra chamas. Este modelo trabalha como os quebrachamas atuais ao executar duas funções. Além de eliminar partes das chamas do disparo, o sistema também atua como compensador, direcionando os gases em direções diferentes para que o cano não levante tanto a cada disparo. Mas também tem outra finalidade. A disposição dos ângulos dos ressaltos faz com que o som do estampido seja levemente diminuído. Isso não traz muita praticidade já que o estampido será alto do mesmo modo. Mas, para um conforto do soldado, isso já será positivo.

Bren 2 em 5,56 45 mm.

O Bren 2 é oferecido em dois calibres, 5,56 x 45 mm e 7,62 x 39 mm. E ainda, caso o cliente queira, pode substituir o calibre no mesmo fuzil. Para tanto, é necessária a troca do grupo do cano e parte do sistema de gás, o ferrolho, o percussor. É simples e se faz isso em poucos minutos. O carregador merece atenção. Não há a necessidade da troca do fosso do carregador ou de parte da caixa da culatra, como seria no 805. No Bren 2 o fosso do carregador vem com uma dimensão universal. Dentro do fosso existe um adaptador para o carregador. Se, por exemplo, for substituir o calibre de 5,56 x 45 para 7,62 x 39 mm, se retira esse adaptador do 5,56 x 45 mm e insere um adaptador para o calibre 7,62 x 39 mm. Isso é muito mais prático do que desmontar a arma toda. É a modularidade como deve ser.

A conversão de um calibre para outro é uma tarefa simples que leva poucos minutos. Essas são as partes necessárias, sem o uso de nenhuma ferramenta.

Um dos pontos mais criticados no CZ 805 e sanado no Bren 2 não foi só a parte técnica interna e o peso. Mas sim o custo. O CZ 805 é um fuzil mais complexo internamente. Com uma maior quantidade de peças, maior é o processo de fabricação. E assim mais custoso ele é. O Bren 2 seguiu conceitos mais modernos. Novas soluções técnicas simplificaram o projeto, fazendo diminuir a quantidade de peças e de procedimentos para a produção da arma. Isso gerou uma arma mais leve e mais barata de se produzir.

O CZ 806 cumpriu o dever. Ser um fuzil mais resistente e mais leve ao mesmo tempo. O fuzil sem munição pesa 3 Kg, mantendo o mesmo recuo e controle da arma. O 806 terá 3 versões. O fuzil com cano de 354 mm, a carabina com cano de 280 mm e uma carabina compacta, com cano de 203 mm. Até o presente ano, 2018, não se sabe ainda como será a compra dessa arma. Ao que consta, a partir de agora esses modelos serão comprados não só para as tropas especiais mas também como para substituir o VZ. 58 que ainda continua em serviço com as tropas regulares.

BREN 2 Carabina.

Bren 2

Calibre: 5,56 x 45 mm
Comprimento do cano: 280 mm
Comprimento total: 807 mm
Cadência de disparo: 750 d.p.m
Peso: 3,2 Kg
Carregador: 30 cartuchos

 

Como funciona

Ao apertar o gatilho, o cão é liberado batendo no percussor. Este deflagra o cartucho, fazendo com que os gases que impelem o projétil entrem em um orifício. Ao passar por ele, os gases são dirigidos a um êmbolo situado acima do cano. Neste êmbolo tem um pequeno pistão. Este bate no prolongador do transportador do ferrolho. Ao fazer isso, pela inércia, a trava do ferrolho é liberada, o ferrolho é rotacionado para o lado esquerdo, fazendo com que os ressaltos estejam alinhados com as saliências do extensor do cano.

O ferrolho é deslocado para trás, ao mesmo tempo em que extrai e ejeta a cápsula que estava na câmara do cano e inicia o movimento de recuo até o final. A mola recuperadora, situada atrás do ferrolho e fixada na parte de trás da caixa da culatra, empurra para frente o transportador do ferrolho. Como o ferrolho agora está indo para frente, a sua base empurra um cartucho do carregador para a câmara do cano. Neste momento, o ferrolho passa pelas saliências da base do cano, virando para o lado direito, travando o ferrolho na base do cano. Neste momento, o percussor está pronto para ser acionado novamente, reiniciando o ciclo.

 

 

 

Bren 2 BR

As origens do Bren 2 em calibre 7,62 x 51 mm ainda gera confusão. Foi muito noticiado que o modelo foi feito sob requerimento do governo paquistanês quando buscavam por um fuzil de assalto novo. Naquela concorrência, se via a possibilidade de usar um fuzil de calibre maior para DMR, como seguiam os exércitos modernos. E nessa concorrência foi visto o fuzil CZ 807 em calibres 7,62 x 39 mm e 5,56 x 45 mm. Mas também havia um outro modelo, também chamado de CZ 807, porém, este em calibre 7,62 x 51 mm. Esta ideia surgiu no ano de 2018.

Entretanto, a gênese vem de muito tempo antes. Ainda em 2006, quando do projeto do 805, já se pensava no emprego do 7,62 x 51 mm. Ocorre que o governo tcheco ordenou prioridade no calibre em 5,56 x 45 mm. O projeto então é paralisado e a própria CZ havia anunciado em 2016 um modelo de seu novo fuzil no calibre 7,62 x 51 mm. Embora noticiado, nenhuma imagem dele havia sido liberada em virtude do mesmo ainda estar em fase de protótipo. E por utilizar uma munição mais potente, o fuzil ainda passava por aprimoramentos nessa nova plataforma.

De uma forma ou de outra, a CZ já visualizava o mercado que aumentava. O uso de um fuzil em calibre 7,62 x 51 mm já que os calibres de fuzis de assaltos mostraram limitações. Havia a necessidade de um maior alcance que o 5,56 x 45 mm não estava conseguindo. Além do mais, havia também a necessidade de maior energia para derrubar um alvo em que, a distâncias iguais, o 5,56 x 45 mm não estava conseguindo. O uso de um calibre de fuzil de batalha seguia a nova tendência de novas plataformas de fuzis utilizando esse calibre para tarefas variadas. A CZ então apostou nesse segmento com o Bren 2 BR, de Battle Rifle, em uma tradução livre, fuzil de batalha.

Bren 2 BR. Note o supressor de som.

Isso é importante porque a CZ sabe que um fuzil de batalha tem algumas características inerentes, como maior recuo e maior peso da arma. O programa Bren 2 serviu como uma luva pois sanou justamente os problemas que essa classe de arma tem, peso e recuo. Levando em consideração o uso de polímero e ligas resistentes de alumínio, o fuzil de batalha da CZ conseguiu manter um peso relativamente mais leve em relação aos outros fuzis da mesma classe. Isso faz uma diferença quando o soldado tem que andar com a arma o dia inteiro. Entretanto, isso faz surgir um problema secular. Se a arma é mais leve, e levando em conta a potência do calibre 7,62 x 51 mm, o recuo dessa arma seria maior?

Aí é que a CZ, de novo, se vale do programa de fuzil de assalto Bren 2. O Bren 2 BR tem um recuo relativamente menor do que outras armas em calibre 7,62 x 51 mm. E isso se dá pelo conjunto do ferrolho. O ferrolho está acoplado a um transportador que, por sua vez, está ligado ao pistão.  Ocorre que o pistão é uma peça maior que o transportador do ferrolho. Após o disparo, parte da energia é mais transferida ao pistão do que ao transportador. E isso gera um disparo mais controlável uma vez que o recuo é um pouco menor. Esse princípio foi usado agora nessa versão BR e faz com que o disparo no calibre 7,62 x 51 mm seja mais suave do que em outros fuzis de batalha.

O tamanho do fuzil engana. Aparenta ser pesado mas ele pesa, descarregado, 3,8 Kg.

Outra diferença em relação ao Bren 2 5,56 x 45 mm é a caixa da culatra. O modelo de calibre menor tem uma peça única da caixa da culatra visando uma uniformização tanto de produção como de uso. Porém, a versão em calibre 7,62 x 51 mm tem uma dimensão maior. E fazer uma única peça da caixa da culatra seria limitar o projeto. Desta forma, a sua caixa da culatra é dividida em duas partes. Caso haja a necessidade de um cano menor ou reforçado, ou o uso de algum acessório mais pesado ou de maior volume, a parte da frente da caixa da culatra pode ser destacada. Aí surge a ponderação. Se a caixa da culatra é divida em duas partes, os trilhos picatinny também são. Isso não seria um problema? Em tese não. A parte traseira da caixa da culatra é ainda grande. Caso se uso duas miras combinadas, elas serão colocadas nessa parte do trilho, usando o mesmo trilho e não dois trilhos separados, o que é uma grande vantagem.

Além dessa alteração, o Bren 2 BR tem uma pequena mudança no ferrolho. O ferrolho contém 2 extratores ao invés de 1, como nos outros modelos. Isso se dá pelo fato do calibre 7,62 x 51 mm gerar uma maior energia e, no retrocesso do ferrolho, muitas vezes o extrator não funciona devidamente em situações extremas. Para evitar esse tipo de pane, foi adicionado mais um extrator no ferrolho. Esse tipo de falha de extração foi visto em alguns fuzis de igual calibre em ferrolhos rotativos. Esse ferrolho pode atuar de forma muito satisfatória quando a arma permite a regulagem dos gases usados no disparo. São 3 níveis de regulagem. Isso permite disparos com a arma limpa e com a arma completamente suja (embora não seja incentivado) ao permitir uma maior quantidade de gás dentro do êmbolo para que movimente o mecanismo sujo. Isso vai ao encontro do ferrolho ter 2 extratores porque a energia jogada no ferrolho será muito maior do que um disparo em condições limpas.

Até o presente ano de 2020, o CZ Bren 2 BR não será uma arma dedicada à função DMR. Os tchecos estão postando mais no mercado de segurança ao oferecer um fuzil de precisão. No segmento de defesa, o fuzil visará a arma individual no calibre 7,62 x 51 mm. Entretato, nada irá impedir que um exército use a arma como disparo de precisão já que o calibre assim o permite. Cabe lembrar que os controles do fuzil e sua estrutura principal é a mesma da versão do calibre 5,56 x 45 mm. A intenção seria uma arma individual regular.

Bren 2 BR. Note que a empunhadura do fuzil é diferente dos modelos em calibres mais leves.

Entretanto, as opões de emprego da arma são mais abertas. A versão BR manteve a capacidade de fogo automático. Isso é deveras interessante pois isso amplia o leque de uso. Cabe recordar que o recuo da versão BR é um pouco menor que outras armas de mesmo calibre. Isso permite uma arma mais controlável quando em fogo de apoio. Isso é um ponto positivo quando o carregador do BR comporta 25 cartuchos. Pode ser pouco mais amplia o poder de fogo da arma. Além de ser um ponto favorável ao fuzil como arma individual, também ajuda quando em fogo de apoio.  Cabe mencionar que um fuzil em calibre 7,62 x 51 mm dificilmente terá muita valia quando disparado em regime automático. Se mesmo calibres mais leves como o 5,56 x 45 mm ou 5,45 x 39 mm o disparo em automático já não é aconselhado, a situação é pior com o 7,62 x 51 mm. Mesmo a arma tendo um recuo levemente menor, que jamais estará no mesmo patamar dos outros calibres mais leves.

Tanto para o disparo como fogo de apoio ou de precisão, o CZ BR precisa de um bipé. Este acessório dará maior precisão para o disparo. E aqui mora o calcanhar que Aquiles da arma. Existe uma distância entre a arma em relação à superfície que ela é apoiada. Essa distância é limitada pela altura do bipé. Para o uso de um bipé como acessório para um disparo mais preciso, o soldado precisa de espaço para movimentar o fuzil. Em outras palavras, o fuzil precisa se movimentar em ângulos de elevação, uma vez que o alvo pode estar acima da linha da arma como abaixo da linha da arma.

Note que o carregador tem uma altura maior, quase da mesma altura do bipé. Isso pode limitar caso o alvo esteja em posições mais elevadas.

Ocorre que o CZ BR tem um carregador de 25 cartuchos. Se isso aumenta o poder de fogo da arma, por outro lado ele limita a movimentação da arma quando usada com um bipé. Em outras palavras. O carregador, por ser mais comprido, irá travar a arma caso o soldado tenha que mirar em um alvo acima da linha da arma. Ao movimentar a mira para cima, o carregador irá bater na base caso o soldado esteja deitado. Pode parecer uma situação extrema e rara? Pense em um ambiente com muitos morros, vales e declives. Essa situação será uma constante e isso pode limitar o disparo do soldado.

A CZ irá oferecer um fuzil de batalha adaptado para a nova classe de armas militares. Armas estas que usam uma plataforma moderna, mais simples, mais ergonômica e de custo mais acessível sem denegrir a qualidade. Em um momento em que a maioria dos fabricantes oferecem fuzis de calibre 7,62 x 51 mm para usos específicos, a CZ oferece uma arma desse calibre para emprego geral usando uma plataforma realmente moderna.

 

Bren 2 BR

Calibre: 7,62 x 51 mm
Comprimento do cano: 407
Comprimento total: 995 mm
Peso: 3,8 Kg
Carregador: 25 cartuchos

 

Como funciona

Ao apertar o gatilho, o cão é liberado batendo no percussor. Este deflagra o cartucho, fazendo com que os gases que impelem o projétil entrem em um orifício. Ao passar por ele, os gases são dirigidos a um êmbolo situado acima do cano. Neste êmbolo tem um pequeno pistão. Este bate no prolongador do transportador do ferrolho. Ao fazer isso, pela inércia, a trava do ferrolho é liberada, o ferrolho é rotacionado para o lado esquerdo, fazendo com que os ressaltos estejam alinhados com as saliências do extensor do cano.

O ferrolho é deslocado para trás, ao mesmo tempo em que extrai e ejeta a cápsula que estava na câmara do cano e inicia o movimento de recuo até o final. A mola recuperadora, situada atrás do ferrolho e fixada na parte de trás da caixa da culatra, empurra para frente o transportador do ferrolho. Como o ferrolho agora está indo para frente, a sua base empurra um cartucho do carregador para a câmara do cano. Neste momento, o ferrolho passa pelas saliências da base do cano, virando para o lado direito, travando o ferrolho na base do cano. Neste momento, o percussor está pronto para ser acionado novamente, reiniciando o ciclo.