M16A1

M16A1

O M16A1 é a versão posterior do M16 e a sua nomenclatura é curiosa. Essa versão não nasceu de um plano específico para uma nova arma e sim mais uma ação de marketing. Lembram-se no artigo do M16/XM16A1 da segunda grande compra em 1966? Pois bem, esse contrato não foi uma simples compra de mais fuzis. A bem da verdade, esses novos fuzis (até então denominados XM16E1) receberiam pequenas modificações e melhorias em virtude do grande contrato que seria celebrado e principalmente pelo feedback que a Colt tinha recebido dos soldados no Vietnã. Essas modificações transformariam praticamente o fuzil para melhor.

Em fevereiro de 1967, esses novos fuzis recebem a denominação de M16A1. O termo XM16E1 deixa de ser usado por uma razão óbvia. O “XM” vem de “experimental model”. Naquela época, a ideia era de ser um fuzil temporário até o fim do programa SPIW. Como a demanda da guerra aumentou repentinamente, o exército decide por adotar oficialmente o fuzil. A força aérea já tinha feito isso antes, tanto é que o termo usado por eles era M16 e não XM16.

M16A1.

Os antigos XM16E1 passam a ser denominados M16A1, mesmo constando na caixa da culatra a inscrição XM16E1. E por um breve período de tempo temos dois tipos de M16A1 que convivem juntos com o mesmo nome, o antigo XM16E1 e o novo M16A1. Depois que os M16A1 vão sendo adquiridos em grandes quantidades, os XM16E1 vão sendo retirados. Muitas vezes as pessoas se referem ao XM16E1 como M16A1 quando na verdade não é a mesma arma.

As principais alterações vistas no M16A1 vieram da experiência do fuzil no Vietnã e não a requerimentos do exército americano. Seguem as principais alterações. O tubo do êmbolo dos gases que antes era de uma camada fina de alumínio passa a ser de aço inoxidável. Isso foi visto que na guerra do Vietnã altas temperaturas, umidade e sujeira natural da deflagração do propelente vaziam sujar o tubo e com o tempo surgir corrosão. Isso gerava falhas no ciclo do fuzil, quando o soldado desmontava o fuzil se deparava com grande corrosão nos casos mais sérios.

O ferrolho passa a ser mais resistente. O ferrolho anterior tendia a se desgastar com mais facilidade. O desgaste é natural, mas neste caso se mostrou mais rápido que o esperado. Isso ocorria por deficiências iniciais do propelente usado na munição. Muitas vezes o propelente gerava uma energia maior que o estipulado. A pressão dos gases era maior, já que atuava diretamente no ferrolho. Isso foi a causa do desgaste prematuro. O transportador do ferrolho passa a ser cromado internamente. Novamente por causa da munição que usava um propelente deficiente. Maiores pressões faziam o atrito ser mais intenso e constante no transportador do ferrolho, não só o desgastando como gerando corrosão prematura dessa peça. O retém do ferrolho passa a ser um pouco mais largo. E novamente, por causa da alta pressão que incidia no ciclo do fuzil, internamente, essa peça se desgastava com o movimento do transportador do ferrolho. Com o tempo, essa peça entortava o suficiente para não funcionar.

M16A1.

O desconector do fuzil é aumentado. Essa peça segura o cão antes do disparo e gerencia o regime de disparo. Quando se aperta o gatilho, o desconector solta o cão que acerta o percussor. Ocorre que antes o desconector do grupo do gatilho era mais frágil porque sua parte traseira era menor, onde se interligava com o seletor. Muitas vezes, o soldado não conseguia selecionar o regime devido porque essa parte do desconector ou estava gasta ou torta. Agora essa parte de trás passa a ser maior, evitando uma deterioração precoce.

Outro ponto foi um relevo em volta do botão do retém do carregador. Antes o retém ficava exposto. Com esse novo relevo o retém fica na mesma linha. Os soldados notaram que quando se rastejavam no chão, ou se movimentavam em mata densa, o retém do carregador era acionado involuntariamente. Outras vezes ele ficava enganchado em alguma parte do equipamento do soldado. Isso era um grande incômodo que em uma emergência poderia prejudicar o soldado.

Soldados americanos no Vietnã com um M16A1. Note as condições em que muitas vezes a arma era usada.

Um novo amortecedor é inserido no fuzil. Para entender. O M16 tem uma mola recuperadora logo atrás do transportador do ferrolho. Dentro dessa mola recuperadora tem uma peça de metal rígida, que fica encostada logo atrás do transportador do ferrolho, para dentro da coronha. Essa peça é o amortecedor. Depois do disparo, o retrocesso do transportador do ferrolho bate nesse amortecedor, que é a peça atuando conjuntamente com a mola recuperadora. Na verdade funciona como um pistão. O novo amortecedor é mais rígido por causa da nova mola recuperadora mais forte, como explicada no capítulo do M16/XM16E1. O principal motivo desse novo amortecedor é o propelente WC 846, que gerava um ciclo mais forte e rápido do que o ciclo normal com o antigo propelente IMR 4475.

E por final, a maior alteração visual sem dúvida é o quebrachamas, que agora passa a ser compensador também. O modelo anterior era das 3 hastes e agora passa a adotar um modelo que se parece como uma gaiola. O modelo anterior fazia a água escorrer diretamente para o cano porque ele não tinha bordas. O acúmulo de água no cano, com o tempo, causa problema no orifício de captação dos gases. Com o modelo novo, a água não tende a correr para o cano. Sem falar que alivia a dispersão dos gases durante o disparo, atuando como compensador.

Em cima o M16 e embaixo o M16A1.

Para os M16s da força aérea, a única coisa que se altera é o transportador do ferrolho, de maior durabilidade e cromado, o mesmo do M16A1. Na época, a força aérea não estava experimentando problemas com os seus M16s. O curioso é que o transportador do ferrolho novo tinha os dentes da engrenagem do botão de fechamento do ferrolho, mesmo o M16 não tendo esse botão.

Embora todas essas alterações fizessem o fuzil melhorar muito, somente em 1968 é que todas as armas chegaram nesse patamar. Como puderam ver, o Vietnã mostrou vários problemas que não haviam sido visto antes. É completamente normal um fuzil apresentar problemas ou pontos deficientes com o árduo uso. O que não é normal é não fazerem nada diante disso e manterem o fuzil como se nada tivesse acontecido. Diante de um projeto com problemas, se estuda e faz as devidas correções. Não se mantém os mesmos pontos problemáticos. Isso sim é retrocesso.

 

Carabinas

Com as novas modificações elaboradas, novas versões também foram feitas em cima desse modelo. E em virtude da necessidade na guerra do Vietnã, uma das primeiras versões a ser pesquisada foi a carabina. No começo da guerra o exército se mostrou muito interessado numa carabina (eles chamam de submachine gun pelo reduzido tamanho do cano) e com a família CAR-15 foi oferecido um modelo de carabina que não se mostrou satisfatório. Ao contrário do que muitos pensam, o CAR-15 SMG foi usado na guerra do Vietnã em poucas quantidades. A ideia e conceito eram ótima, mas a arma muito mal elaborada.

Visando suprir essa necessidade, a Colt lança o Colt “Commando”. O nome Commando também é usado por pouco tempo, mas praticamente vira um apelido para sempre. O exército inicia uma compra inicial de 2.000 Colt Commando que logo sobe para 2.800 carabinas em junho de 1966. Em 1967, o nome muda para XM177 e XM177E1. O 1º para a força aérea e o 2º para o exército, que tinha o botão de fechamento manual do ferrolho.

Colt XM177E1.

A primeira diferença visual é a coronha retrátil. Anteriormente, o CAR-15 SMG usava um sistema muito ruim de destrave na chapa da soleira. Isso era incômodo e demorava para o soldado ajustar o tamanho. Para solucionar isso, uma nova coronha retrátil é usada. Adota o sistema telescópico, onde um pino acionado por uma mola faz deslizar a parte de trás da coronha. A graduação é feita por orifícios ao curso do tubo da coronha. Isso foi uma grande revolução para os soldados porque a demarcação do tamanho era praticamente instantânea e muito mais fácil de usar.

A segunda diferença visual é o guardamão da carabina. Ele é do mesmo material do M16A1, porém com anéis. Esses pequenos anéis em volta do cano não tem somente a função de reforço (o material já era muito resistente) e sim de também espalhar e absorver melhor o calor. Este problema de aquecimento ocorre em qualquer carabina desse tipo. Aqui tem um fato que poucos sabem. Esse guardamão que vemos no XM177/E1, e mais tarde usado no M16A2, já tinha sido pesquisado no M16A1 como forma de absorver o calor em rajadas ou tiros consecutivos. A ideia foi usada primeira no XM177/E1 e mais tarde no M16A2.

XM177E1.

Levando em conta os problemas vistos no CAR-15 SMG no Vietnã, o Colt adota um novo quebrachamas. Esse novo dispositivo visava corrigir duas coisas. Primeiro, o alto estampido do disparo. Canos curtos com cartuchos de alta pressão tendem a gerar estampidos maiores. O problema é que o barulho do disparo no CAR-15 SMG era ensurdecedor, atrapalhava não só o soldado como demarcava a sua posição para o inimigo. Além do mais, o CAR-15 SMG geravam chamas muito pronunciadas. Isso demarcava a posição do soldado para o inimigo também. O novo quebrachamas soluciona isso. As chamas agora são mais controladas, o que ajuda na camuflagem da posição do soldado. O som do estampido é menor, mas não se compara com o estampido de um fuzil regular.

O uso em combate do XM177/E1 trouxe um rápido feedback para a Colt que logo tratou de melhorar a carabina. O que poucos sabem é que, independentemente desse feedback, a Colt já trabalhava numa melhora do XM177/E1. Em setembro de 1967 já é apresentado o XM177E2. A principal alteração foi o cano que passa a ser de 254 mm para 292 mm de comprimento. Isso era uma forma de diminuir um pouco o estampido do fuzil. Com o novo quebrachamas e o novo comprimento do cano, o fuzil passa a ter um estampido igual ao M16A1. E o novo quebrachamas se mostra importante porque, para diminuir o barulho, ele tinha pequenas cavidades internas que no final funcionavam como silenciador O aumento do cano também permite o acoplamento do lançador de granadas XM148.

Colt XM177E2.

O XM177E2 é adotado pelo exército e pela força aérea, esta, como era de se esperar, adota a versão sem botão de trancamento manual do ferrolho. Caro Leitor, você deve estar perdido com tantas versões e denominações. Realmente é uma quizumba que os americanos fizeram e aqui tentarei explicar isso tudo.

A 1º versão de uma carabina foi o CAR-15 SMG. Com o lançamento do M16A1, surgiu o Colt Commando. Este passa logo tempo depois a ter duas denominações, XM177E1 para o exército e marinha enquanto que a força aérea adota o XM177, sem o botão de fechamento manual do ferrolho. Esse modelo da força aérea também é chamado de GAU-5/A. Logo depois, uma versão melhorada surge como XM177E2 adotado pelo exército e marinha, enquanto que a força aérea adota também como XM177E2. Mas para diferenciar, o nome usado também é GAU-5A/A para a força aérea. No final. Colt Commando e XM177/E1 são a mesma arma, enquanto que o XM177E2 é levemente diferente.

XM177E1.

O XM177E2 passa por alguns problemas sérios. A princípio o novo quebrachamas era fantástico, mas com o uso ele se mostra problemático porque as cavidades internas passam a acumular sujeira da deflagração do propelente, desta forma, perde o efeito de silenciar, fazendo um estampido mais alto. E não só isso. O acúmulo de sujeira nesse quebrachamas acaba por interferir na precisão da carabina, fazendo com o que projétil se desviasse muito da sua trajetória.

Para sanar esses problemas, é previsto que um processo de reformulação do XM177E2 levaria 29 meses para ser concluído. Não só pelos problemas, mas por outras modificações planejadas pela Colt. Em janeiro de 1969, ficava claro que isso seria inviável pelo tempo. A produção fica limitada e é finalizada em 1970, quando ficou claro que começava a política americana de tirar tropas do Vietnã, fazendo com que a demanda para essa carabina caísse drasticamente. O que foi uma grande pena, pois o SEALs e outras tropas especiais gostaram muito da versatilidade dessa carabina.

XM177E2.

Não pense que foi só essa carabina que foi desenvolvida. Houve também o Colt Carbine. Era uma carabina com cano de 406 mm de comprimento e coronha retrátil. Em virtude de o cano ser maior, não havia problemas de estampido ou chamas exageradas. A carabina usava o mesmo quebrachamas do M16A1. Justamente por isso essa versão não apresentava problemas. Embora oferecida para exportação, não foi comprada e nem avaliada em combate.

 

E os carregadores de 30?

A esta altura deve estar se perguntando. E os carregadores para 30 cartuchos? Esse é um ponto intrigante na história do M16. Desde o começo ele foi projetado para carregadores de 20 cartuchos porque achavam que o soldado gastaria munição à toa no regime automático em virtude do baixo recuo da munição. E para isso, se usava um carregador cofre reto. As primeiras versões usavam um carregador reto para 25 cartuchos, mas não foram usados com intensidade, então não havia como saber a confiabilidade deles pois ainda estavam na fase de protótipo.

 

M16A1 com o lançador de granadas M203.

Ocorre que a forma do cartucho faz fazer uma curvatura natural quando empilhados. Podemos ver isso pela primeira vez com os carregadores do StG44. Com o M16 seguiram a mesma filosofia e adotaram um carregador curvado para 30 cartuchos.  Alguns problemas foram observados na alimentação. Os últimos cartuchos simplesmente ficavam presos no carregador. Algumas vezes, os soldados carregavam com 25 ou 27 cartuchos somente, pois se sabia que algum ou outro ficaria preso no carregador. Levou um tempo para que isso fosse solucionado. Os carregadores de 30 cartuchos passaram a ser entregues em 1968 para testes iniciais em outras armas e entregues de forma oficial em 1969.  Os primeiros carregadores de 30 cartuchos foram destinados ao XM177/E1. O grande problema é que esses carregadores não podiam ser usados nos M16 e XM16E1.

O problema estava justamente na curvatura do carregador. Os cartuchos eram curvados e isso, pelo desenho técnico da arma, fazia com que houvesse falhas pois os cartuchos tendiam a friccionar contra a parte curva do carregador. Como M16 havia sido desenhado para ter um carregador reto, o desenho do compartimento do carregador foi feito reto. Não havia como fazer um carregador curvo por completo nesse compartimento reto. O carregador tinha que ser curvo na base e reto na parte de cima. Foi somente assim que os problemas de alimentação foram resolvidos. O novo carregador começa reto e termina curvado. Este modelo passa a ser adotado em grande escala com o M16A2.

Ao lado esquerdo o carregador do M16A1 e ao lado direito o carregador do XM16E1.

Muitos acreditam que o carregador de 30 cartuchos surgiu por causa do carregador do AK-47. Na verdade nunca foi por isso. A doutrina americana era o uso de 20 cartuchos no fuzil. Os americanos tiveram acesso ao AK-47 muitos anos antes do surgimento do AR-15. O uso de 20 cartuchos vem de uma questão de doutrina. Tanto é que os primeiros carregadores de 30 cartuchos foram destinados para as tropas especiais, onde se necessitava de maior poder de fogo em virtude do menor nº de soldados. Só depois veio a normatização dos carregadores. Alguns soldados improvisaram carregadores de 30 cartuchos ou até mais por soldagem própria.

O curioso de tudo é que há registro de uso de carregadores de AK-47 no XM16E1 e M16A1. Tropas sul vietnamitas foram vistas usando carregadores de AK-47 adaptados ao M16 com a munição 5,56 x 45 mm. Não se sabe se o carregador foi adaptado ou se o fuzil foi adaptado. Tampouco se sabe qual foi o rendimento desses fuzis. Mas é claro que é a falta de maior poder de fogo quando eles se deparavam com o inimigo usando o AK-47, com maior poder de fogo se comparado com os 20 cartuchos do carregador do M16A1.

M16A1 com carregador adaptado do AK-47.

 

Em uso no Vietnã

O Vietnã teve suma importância para o desenvolvimento do M16. Ora porque a guerra foi um grande exame de testes onde os feedbacks moldaram o fuzil que é hoje. Ora porque provou ao mundo as vantagens e versatilidades de um fuzil mais leve com um calibre menor.

O rendimento do M16A1 foi muito bem avaliado pelos soldados, se mostrando muito superior ao M16. As panes constantes tiveram uma abrupta queda pelas alterações estruturais da arma assim como a devida limpeza do fuzil. Quando os soldados viram que os M16A1 estavam tendo um desempenho superior, criou-se um clima de insatisfação porque, em um primeiro momento, não seriam todos os fuzis substituídos pelo M16A1. Isso ficou claro quando o novo fuzil era usado em combates intensos nas selvas quando apresentava um índice de falhas muito abaixo se comparado com o M16.

M16A1.

Um problema foi visto com a limpeza do fuzil. Antes, os soldados americanos não tinham a devida instrução de limpeza do fuzil assim como meios para isso. Agora, instruídos e com kits de limpeza corretos, o fuzil melhorara muito o seu desempenho. Mas vários soldados tiveram um problema. O óleo usado na limpeza interna tinha um problema com umidade e chuva. Em épocas de muita chuva e umidade, esse óleo, internamente, tendia a endurecer e formar uma espécie de crosta. Isso gerava problemas para o soldado. Algumas vezes o cão não funcionava. Outras vezes o seletor de disparo ficava preso em semi ou auto. A orientação foi a de não lambuzar internamente o fuzil com esse óleo.

O uso do M16A1 com miras telescópicas se mostrou limitado. As miras funcionais tinham até 850 metros de alcance, como a ART. Porém, o fuzil dava uma precisão exata de até 300 metros. Passado disso, o fuzil não apresentava precisão por mais longo alcance e precisão que tivesse a mira. Outro problema foram as regras de engajamento. Pela política americana para o Vietnã, o soldado somente podia disparar caso fizesse contato visual com o inimigo reconhecido. E ainda, só poderia disparar caso ele visse o inimigo atirando contra os soldados ou, no calor da batalha, somente autorizado a atirar a vontade com autorização do líder do batalhão. Esses fatores limitavam o uso do fuzil como sniper.

M16A1.

O uso da mira noturna não era uma das coisas mais fáceis também. O sistema AN/PVS-1 e 2 era pesado, incômodo e limitado. O sistema necessitava de luz natural para que fosse amplificada no visor. Se a noite tinha lua cheia e céu limpo, o alcance podia chegar aos 100 metros. Mas se havia nuvens o alcance variava entre 50 e 70 metros. Isso era um grande problema, pois o uso em combate dependia de condições favoráveis. Por essa razão a mira passa a ser mais usada em missões especiais. Geralmente se usava sistemas de supressão de som juntamente com a mira. A curtas distâncias, essa combinação se mostrou mortal e muito eficaz. Ainda mais na mata fechada onde a luz entra com menor intensidade.

M16A1 com um sistema de visão noturna AN/PVS-2. Note que o sistema ficava preso para o lado esquerdo da arma.

M16A1

Calibre: 5,56 x 45 mm M195
Comprimento total: 985 mm
Comprimento do cano: 506 mm
Cadência teórica de disparo: 650-750 dpm
Peso: 2,8 kg
Carregador: 20 e 30 cartuchos

 

Como funciona

Após apertar o gatilho e efetuar a deflagração do cartucho, os gases que percorrem o cano entram em um orifício na altura da mira. Esse orifício direciona os gases para um êmbolo sem pistão. Os gases percorrem esse êmbolo diretamente para a parte de trás do ferrolho. Os gases, chegando, pressionam o transportador do ferrolho para trás ao mesmo tempo em que ele vira para a esquerda. Isso faz com que o os ressaltos do ferrolho se alinhe com as saliências da câmara do cano, destravando o ferrolho.  Ainda com a força dos gases, o transportador do ferrolho é deslocado para trás, onde, ao mesmo tempo, ejeta a cápsula deflagrada.

O transportador do ferrolho chega ao final do seu curso, onde, por uma mola recuperadora localizada logo atrás e alojada em um tubo na coronha, passa a empurrar o transportador do ferrolho para frente. Nesse momento de volta, o ferrolho coloca um cartucho novo na câmara do cano. Agora os ressaltos do ferrolho entram na base do cano e se alinham com as saliências da câmara do cano, rotacionando o ferrolho para o lado direito, travando com os ressaltos na câmara do cano. Agora o fuzil está pronto para o próximo disparo.

 

Curiosidade

Na guerra do Afeganistão os soviéticos se depararam com vários M16A1 fornecidos aos Mujahidin. Vários foram capturados e usados.

 

Soldado soviético com um M16A1.
Soldado soviético Tom Sallisky posa com um M16A1.

A imagem acima é deveras curiosa. Na foto está o Sargento Domarascki Walter. O ano é provavelmente 1979. O Sargento Domarascki faz parte da ROTA – Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar. Polícia Paulista respeitadíssima. A arma em punho é o M16A1.