Tipo 89

O Japão demorou em entrar na pesquisa e desenvolvimento de um fuzil de assalto em calibre 5,56 x 45 mm. Quando o mundo despertava para esse calibre, o Japão recém adotara o calibre 7,62 x 51 mm. Com base em uma relação com a ArmaLite, o Japão desenvolve tardiamente um fuzil de assalto 5,56 x 45 mm. Quando se investe em projetos atrasados sempre se colhe o pior dos frutos, um produto mediano caminhando para a obsolescência. Entretanto, isso serviu como aprendizagem para o Japão que não demonstra sinais de persistir no antigo caminho.

 

Origens

A origem do Tipo 89 está também atrelada à ArmaLite. A relação japonesa com a ArmaLite começou ainda nos anos 50 quando o Japão se interessou pela AR-10. A inspiração fez surgir a linha de protótipos que culminou no Tipo 84, embora no final o fuzil fosse completamente diferente, apenas mantendo alavanca de manejo em cima. Ainda quando a Howa estava começando a produzir o Tipo 64, os japoneses mantiveram contato com a ArmaLite. Esta estava buscando vendas e parcerias pelo mundo e viram nos japoneses uma boa oportunidade.

Mulheres reservistas do exército japonês com o Tipo 64.

Ela disputava no mercado americano uma possível venda do AR-18 em virtude dos problemas que o M16 passava e, com o crescimento da guerra do Vietnã, se pensou em usar o Japão como uma possível fonte de produção do AR-18. Desta forma, a partir de 1967, a HOWA foi autorizada a produzir sob licença, exclusivamente para o mercado externo, tanto o AR-18 como o AR-180 (versão civil) em território japonês. Esses fuzis foram produzidos até 1974, com um total de 3.900 fuzis feitos no Japão. Embora estivesse recém-adotado o Tipo 64, os japoneses passaram a estudar com mais atenção o AR-18.

Esse fuzil foi mandado para exercícios de campo em 1974, apenas para avaliação de como seria o uso de um calibre mais leve. Os japoneses viram a viabilidade do conceito e logo fizeram uma versão própria do AR-18. Esse modelo era apenas conceitual, algo que se aproximasse das necessidades japonesas e não uma nova arma em si. Esse modelo adotava uma coronha de madeira com formato diferente, também rebatível. Havia no seletor a opção para burst de 3 disparos, algo que a ArmaLite nunca pensou em incluir no seu fuzil. Os testes mostraram que era o que mais se aproximava das necessidades japonesas e assim decidem que o AR-18 seria a plataforma para o seu próximo fuzil de assalto.

AR-18 produzido pela HOWA.

O Japão assim começa um lento programa de desenvolvimento, porque ainda não havia uma necessidade urgente de um fuzil novo. A partir de 1977, vários protótipos são feitos, tendo sempre a mesma plataforma do AR-18.  O 1º protótipo, o HR-10, tinha uma coronha fixa, burst de 3 disparos e um carregador para 40 cartuchos. O HR é uma simbologia que seguiam da ArmaLite e Howa, HR. Desde então, houve 4 protótipos com alterações pontuais e mínimas, sendo os HR-11, HR-12, HR-13 e HR-15. Este último protótipo, lançado em 1986, é o que vai gerar o futuro definitivo. O fuzil tem um bipode, conta com o regime burst de 3 disparos, pesa 3,5 Kg e usa o carregador para 30 cartuchos padrão STANG. Cabe dizer que os japoneses usam a munição recém adotada pela OTAN, o 5,56 x 45 mm SS109, pois isso ajudaria muito na logística uma vez que o Japão mantém tropas americanas em seu território.

AR-18 modificado pela HOWA. Note o burst de 3 disparos no seletor.

Em 1987 é apresentado o protótipo HR-16. Esse é o protótipo final com coronha fixa ou rebatível. Ao contrário da maioria dos fuzis de assalto do mundo, o processo aqui é inverso. Em 1987 começa a produção em massa limitada do novo fuzil de assalto. Somente em 1989 ele é adotado oficialmente como fuzil Tipo 89 5,56 mm.

 

Tipo 89

O Tipo 89 é um fuzil de assalto calibre 5,56 x 45 mm que opera por ferrolho rotativo com pistão de curso curto, tal qual o AR-18 com mínimas alterações. Entretanto, o Japão não adota a mesma coronha rebatível do AR-18. O Japão adota um modelo de coronha fixa e um modelo de coronha rebatível, este para paraquedistas e tropas de veículos blindados. A coronha rebatível foi produzida em um nº muito pequeno. Seguindo a mesma ideia do Tipo 64, o Tipo 89 vem com um bipode. Esse bipode pode ser destacável e muitos soldados preferem usar o fuzil sem esse bipode.

Tipo 89 com coronha fixa.

Uma das maiores inovações foi a forma de produção do fuzil e sua simplificação, se comparado com o Tipo 64. O Tipo 89 tem uma quantidade de peças ao redor de 100. O Tipo 64 tem algo em torno de 160 peças. Isso demonstra a simplificação do projeto da plataforma AR-18. Não só na quantidade de peças, mas também no método de produção. Ao usar metal estampado e plásticos de alta resistência, o Tipo 89 tem um valor de produção muito menor se comparado com o Tipo 64. Sem falar que o tempo que se leva para produzir 1 fuzil é menor também.

A diferença com o novo fuzil foi marcante. Com o Tipo 89 os soldados podiam levar mais munição se comparado com o Tipo 64. Além disso, a munição, por gerar um recuo mais leve, gera um controle maior do fuzil. A dispersão é menor e a precisão é maior. Com uma arma mais leve e um calibre com menor recuo, os soldados passavam a responder ao fogo inimigo com maior rapidez. O conceito se mostrava muito mais prático.

Soldado japonês treina com o Tipo 89.

Não foi desta vez que os japoneses fizeram um seletor de disparo mais prático. No lado direito da caixa da culatra, há um grande seletor com um giro de 270º para 4 opções, auto, semi, burst de 3 disparos e travado. Esse seletor é uma peça grande e situada em uma posição mais acima da empunhadura. É impossível manusear o seletor com o 1º ou o 2º dedo da mão que dispara. Para isso o soldado tem que usar a mão esquerda ou, quando não, seguram o guardamão com a esquerda e com a direita se aciona o seletor. Para deixar a coisa mais interessante, o fuzil não tem um seletor ambidestro, o que é curioso porque o primeiro AR-18 feito no Japão para testes tinha um prático seletor ambidestro.

Os japoneses foram influenciados pelo sistema burst de 3 disparos pelos americanos. A razão desse sistema não era aumentar a chance de probabilidade de acerto do alvo, mas sim de controlar a munição em rajadas curtas. Este foi o propósito desse sistema no M16A2 que é criticado até hoje. Desde cedo os japoneses temiam que o recuo mais leve levasse o soldado a desperdiçar mais, o que não faz sentido. Em todo o caso, o sistema de burst do Tipo 89 é melhor que a do modelo americano. No modelo americano, há o efeito memória em que se o soldado dispara 2 disparos no burst, a próxima vez que apertar o gatilho será 1 único disparo. Apertando novamente, reinicia o processo. No sistema japonês, assim como em outros fuzis, a cada apertada de gatilho, o sistema se inicia de novo. Ou seja, se ele disparar 2 disparos no burst, o próximo disparo será um novo burst de 3 disparos.

Tipo 89 com coronha rebatível.

A alavanca de manejo é solidária ao transportador do ferrolho. Os japoneses criticam a posição dessa alavanca. No lado direito, sua aba é projetada para a direita, para o lado. Isso é um problema porque essa parte tende se enroscar facilmente com qualquer correia ou acessório. Caso o soldado seja canhoto, a situação é pior ainda porque se ele se rastejar, a alavanca pode ser acionada involuntariamente.

O Tipo 89 vem com carregadores padrão STANAG para 30 cartuchos. Existem carregadores para 20 cartuchos. Esses carregadores destinam-se ao pessoal de veículos, tripulações, artilharia, etc, que demandam um menor volume. Embora os carregadores japoneses sejam intercambiáveis com outros fuzis, no Tipo 89 outros carregadores geram uma limitação. Após o último disparo, o ferrolho fica aberto, sendo que o retém do ferrolho fica no lado esquerdo da caixa da culatra. O ferrolho fica aberto por causa do formato do carregador que tem uma saliência que trava o ferrolho. Carregadores do M16 não tem essa saliência. Desta forma, no Tipo 64, a arma funcionaria perfeitamente, mas não ficaria com o ferrolho aberto.

Tipo 89 operado pela Marinha Japonesa.

Um dos pontos criticados no Tipo 89 é o fosso do carregador. Ele tem dimensões exatas do carregador. Isso torna o espaço exíguo e muito justo. Colocar o carregador não é uma tarefa rápida já que o soldado tem que encaixar de forma justa o carregador. Outra crítica é que na lateral esquerda do carregador, existem orifícios para o soldado ver a quantidade de munição restante. Esses orifícios permitem a entrada de sujeira na arma, o que pode gerar uma pane.

O fuzil tem um baixo recuo não só pela menor energia do 5,56 x 45 mm. Os japoneses fizeram um quebrachamas com efeito compensador mais eficiente que o do formato gaiola ou bico de pato. Isso porque os japoneses treinam os disparos em rajadas curtas e rajadas tendem a fazer o fuzil subir mais. Esse novo quebrachamas ajuda mais para esse controle. E como a arma tende a ser usada com mais rajadas, ela tende a esquentar mais. Para tanto os japoneses usam um guardamão de metal com várias janelas de ventilação com uma base em plástico de alta resistência para mão.

Tipo 89. Note o bipote retraído. Muitos soldados não viam muita utilidade.

O Tipo 89 desde o começo foi pensado para usar granadas de boca de 22 mm. Assim como no Tipo 64, se fecha a válvula dos gases no êmbolo e usa um cartucho especial para o lançamento dela. O Tipo 89 não foi pensado para usar um lançador de granadas, como o M203. Para isso, há que retirar o guardamão inteiro e colocar um novo com o lançador já acoplado. Entretanto o exército japonês não adota esse lançador no Tipo 89. A mesma coisa com miras reflexivas ou telescópicas. Elas são fixas por um adaptador na tampa da caixa da culatra. Isso encarece a produção e poucos fuzis podem usar esse tipo de mira, limitando a ação do soldado. Em 2004 alguns fuzis receberam trilhos picatinny para uso de miras e acessórios, mas foram poucos fuzis e somente para tropas especiais.

Em virtude de suas leis, o Japão não pode exportar as suas armas pela sua política pacifista. É por isso que é muito difícil para o ocidente ter acesso à esse fuzil. Embora o fuzil se mostrasse melhor em quase tudo se comparado com o Tipo 64, ele não foi produzido em muita quantidade. Ao todo, especula-se que foram produzidos 140.000 fuzis Tipo 89. Levando em conta que o Tipo 64 teve uma produção de quase 300.000 mil fuzis, dá para ver que o Tipo 89 não foi adotado em larga escala. Ou seja, podemos presumir que o Tipo 64 ainda é muito utilizado no Japão.

Tipo 89. Note o grande arco que o seletor de disparo faz. Algo quase impossível de acionar com o dedo.

Algumas lições vieram com a experiência. Em 2004, o Japão mandou tropas para o Iraque, em um programa de assistência e ajuda para reconstrução desse país. Lá os japoneses puderam conhecer e trocar experiências com soldados de vários outros países, sendo isso um momento de grande aprendizagem ao Japão. Não tardou e logo eles comparam seus fuzis com os dos colegas. A primeira coisa que foi notada foi o seletor de disparo do Tipo 89. Foi considerado grande, volumoso, inacessível e não era ambidestro. Isso fez com que a HOWA fizesse versões especiais do Tipo 89 com seletores ambidestros somente para as tropas que estavam no Iraque. Outra limitação foi a ausência de trilhos picatinny. Os soldados japoneses se mostraram limitados na execução de várias missões com a impossibilidade de uso de miras e acessórios em seus fuzis.

O fuzil também não tinha um lançador de granadas. Isso fez uma grande falta em ações táticas, ainda mais em combates CQB. No Iraque os japoneses foram orientados a não usar granadas de boca porque isso tomaria o tempo preparando o fuzil com ação na válvula de gás e mais tempo ainda trocando o carregador e munição para quando fosse disparar com munição. Isso atrasaria demais as ações e os japoneses viram que era uma grande limitação a falta de um lançador de granadas.

Tipo 89. Houve tentativas de colocar trilhos para miras óticas na arma. No começo usavam um adaptador e mais tarde passaram a usar trilho picatinny.

Não tardou e os japoneses compararam suas armas com o M16A2 e M4A1. Testes de disparo mostraram que o Tipo 89 não tinha uma boa precisão, com um índice alto de dispersão sobre o alvo. E para piorar a situação, os testes mostravam que o Tipo 89 tinha mais panes de alimentação do que o M16A2 ou o problemático M4A1. Para disparos de treino, o Tipo 89 funciona perfeitamente. Mas quando essa arma é posta em condições reais de combate, onde se exige muito mais do fuzil, as diferenças surgem. Isso não é visto como algo ruim e sim de um processo de amadurecimento. Em virtude dessas limitações, os japoneses no final compraram 1.600 carabinas M4 e 50 lançadores M203 para suas ações no exterior.

Embora a experiência no Iraque fosse um grande aprendizado para o exército japonês, mostrou que o Tipo 89 não estava no mesmo patamar dos fuzis de assalto de sua época ou categoria. Ainda assim, o Japão continua usando tanto o Tipo 64 como o Tipo 89. Com uma produção menor, o Tipo 89 foi praticamente descontinuado e não serão feitas mais compras dele no futuro.

Soldados japoneses no Iraque.

 

Atualizações e Futuro

Com uma produção lenta, o Tipo 89 ainda recebeu algumas atualizações. Entretanto, nenhuma delas foi adotada em massa. Em 2007, surge um programa de modernização do soldado japonês, onde seria equipado com sensores, novos rádios e câmeras. No processo de modernização também estava o Tipo 89. Era a 1ª tentativa de modernização da arma, onde os japoneses queriam uma arma semelhante à carabina M4. A arma tinha um cano de 267 mm de comprimento, tornando em uma carabina. Colocaram a mesma coronha retrátil da carabina M4 e retiraram o bipode. Um trilho picattiny em cima da tampa da caixa da culatra oferecia suporte para miras e acessórios. De resto, era o mesmíssimo fuzil.

Protótipo do Tipo 89 de 2007.

Esse modelo não despertou interesse e em 2008 uma 2ª tentativa foi feita. A carabina tinha um cano menor, com 241 mm de comprimento. Retiraram o burst de 3 disparos, que se mostrava um item praticamente inútil. Há pela 1ª vez o amplo uso de trilhos picatinny. Um grande em cima da caixa da culatra e cano, 2 nas laterais do guardamão e 1 embaixo dele. O quebrachamas fora modificado para um modelo mais eficiente já que canos menores geram chamas maiores. E uma das principais alterações foi o seletor que fica mais acessível em um giro de 90º, embora continuasse não sendo ambidestro. A nova coronha era apenas fixa, mas tinha um apoio melhor para a face do soldado. Esse modelo também não despertou tanta atenção.

2º protótipo do Tipo 89 em 2008.

Em 2012 houve uma 3ª tentativa. Esse novo modelo do Tipo 89 atuaria junto com uma nova mira inteligente com comandos pela empunhadura vertical dianteira. Esse novo modelo tinha uma nova coronha retrátil e rebatível, como o modelo do ACR. O cano é maior, com 394 mm de comprimento e um novo quebrachamas, visando não só eliminar as chamas como ter um maior controle do recuo. As miras fixas também são destacáveis, assim como há amplo uso de trilhos picatinnys, como o modelo anterior.

Protótipo do Tipo 89 de 2012.

Em testes, os japoneses não gostaram do seletor com giro de 90º, onde achavam que um regime era muito próximo do outro. No novo modelo o seletor é redesenhado. Ele é posicionado mais para baixo, mais próximo do 1º e 2º dedo. O soldado pode acionar o seletor sem tirar as mãos da arma. O giro é de 180º, os japoneses acharam isso mais seguro para evitar acionar um regime diferente por acidente. O seletor também passa a ser ambidestro.

Em 2015, surgiram esboços do que poderia ser o novo fuzil de assalto japonês. Até este momento apenas temos especulações. O que se pensa é que a base ainda será o Tipo 89 com forte influência do SCAR. Os japoneses sempre usaram o 5,56 x 45 mm e 7,62 x 51 mm. O suposto novo fuzil irá operar esses dois calibres também. Espera-se que o fuzil tenha modularidade em virtude da praticidade que isso daria para dois calibres diferentes.  Entretanto, ao contrário de outros países, os fuzis de calibres diferentes terão o mesmo comprimento, mesmo que com pesos diferentes.

Conceito do que seria o novo fuzil de assalto japonês.

Cabe recordar que o Japão já comprou o HK416 para suas tropas especiais navais, assim como já comprou outros fuzis modernos em poucas unidades para avaliação. Ainda não sabemos como será esse novo fuzil de assalto, mas o Japão conta com acesso a material moderno. Na época do Tipi 64 e 89, também tinha esse tipo de acesso, mas não mantiveram a mesma qualidade de seus paradigmas. Esperamos que o Japão siga o seu antigo provérbio, “pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota”.

 

Tipo 89

Calibre: 5,56 x 45 mm
Comprimento do cano: 420 mm
Comprimento total: 916 mm
Cadência de disparo: 750 dpm
Peso: 3,45 Kg
Carregador: 30 cartuchos

 

Como funciona

Após premir o gatilho, o cão acerta o percutor que está localizado dentro do ferrolho e, por sua vez, acerta a espoleta do cartucho. Ao deflagrar, os gases percorrem o cano e entram em um orifício situado na parte de cima do cano. Os gases são captados em um êmbolo onde pressionam um pistão interno. Esse pistão, com a energia dos gases, faz um curto recuo (por isso que se chama pistão de curso curto), batendo no transportador do ferrolho que está travado à base do cano.

O ferrolho rotativo é rotacionado para a esquerda, destravando-o. Neste momento, os ressaltos do ferrolho se alinham com as saliências da câmara do cano e saem. Com a força do movimento do pistão, o transportador do ferrolho, juntamente com o ferrolho, retrocede. Atrás do transportador do ferrolho existem duas guias. Nestas duas guias existem duas molas ao seu redor. Quando o transportador do ferrolho chega ao seu curso final, essas duas molas impulsionam o transportador do ferrolho para frente, ao mesmo tempo em que coloca um cartucho na câmara do cano. Ao chegar à base do cano, os ressaltos do ferrolho rotativo passam pelas saliências da câmara do cano e assim o ferrolho é rotacionado para direta, travando-o ao mesmo tempo. Assim o sistema está apto para o próximo disparo. É o sistema de pistão de curso curto.