G3 – Parte 2

Versões do G3

Aqui veremos as principais versões do G3. Se olharmos friamente, haverá muitas versões da mesma arma. Por sua vez, os países que o compraram o fizeram com algumas versões diferentes. E para aumentar a lista de versões, os países que fabricaram o G3 sob licença também fizeram versões próprias. Como as características principais são as mesmas, focaremos mais nas características diferentes das principais versões. Desta forma, falaremos das principais versões da HK e Rheinmetall para não tornar a leitura repetitiva e maçante. Aos falarmos das versões, falamos também dos pontos peculiares do projeto G3.

 

G3

O primeiro G3 como conhecemos era o CETME B com pequenas alterações pontuais. Mantinha a mira de rolagem vertical, tal qual o modelo espanhol. O fuzil tinha dois reténs para o carregador. O original, o botão que ficava na lateral dianteira direita da caixa da culatra e o botão que fica atrás do carregador. No final essa tecla era mais usada pela praticidade como pela opção ambidestra ao soldado. Entretanto, alguns soldados diziam que se esse botão prendesse em algo que estivesse no cinto, ele soltava o carregador.

CETME G3 – 1ª versão.

Os primeiros G3 alemães vieram diretamente da Espanha. Eles mantinham o guardamão de metal com janelas para ventilação. Foi feito um pequeno lote dessa versão porque logo o G3 seria feito pela HK. A partir de então ele recebe um guardamão de madeira com furos para ventilação, mantendo a mesma empunhadura de plástico. Mesmo assim, mantém o logo CETME na versão produzida na Alemanha. Esse logo é mantido até 1961.

CETME G3.

 

G3A1

Pelo projeto original do CETME, o CETME B tinha uma coronha dobrável, como o modelo usado na MP40. Como a mola recuperadora é redesenhada para ficar dentro da caixa da culatra, há um espaço que permite a junção de uma coronha retrátil. O soldado tinha que virar a coronha para cima, ficando esticada em cima da caixa da culatra. Era um processo incômodo. E não só isso. Fazer a mira com esse tipo de coronha em um fuzil de batalha é terrível. Como o soldado não tinha o apoio para a face lateral do rosto, ele tinha que curvar o rosto e segurar com os músculos do pescoço caso quisesse fazer uma boa mira. E não só isso, o recuo forte do 7,62 x 51 mm fazia sentir no ombro porque o que apoiava eram duas finas hastes de metal. Esse modelo se mostrou ruim para os alemães

CETME com coronha dobrável.

Os alemães então fizeram uma coronha retrátil. Duas hastes são puxadas para trás ou para frente, sendo que elas ficam acondicionadas fora da caixa da culatra. A base da coronha era pequena, o suficiente para apoiar na parte de cima do ombro. Mantinha os dois orifícios para guardar os pinos de desmontagem. Esse modelo se mostrou muito mais fácil e prático de usar, porém, ainda permanecia o problema do soldado de não poder apoiar a face lateral do rosto na coronha. Se conseguisse, em condições muito precárias.

HK G3A1.

 

G3A2

Esta versão foi praticamente um protótipo. Era um G3 com um sistema novo de miras. O sistema espanhol era de rotação horizontal, onde o soldado com o dedo virava horizontalmente a graduação da mira. Com o novo modelo alemão, a alça de mira passa a ser dióptrica. Ela passa a ter um formado de um tambor inclinado, onde o soldado vira para os lados verticalmente para graduar a mira. Isso era muito mais simples e fácil de manipular. Para fazer a mira, o soldado tinha que ver e colocar massa de mira dentro do orifício de visão de tal modo que ficasse no centro. O ponto da mira deveria estar sobre o alvo. Esse tipo de mira exige um treinamento maior. A única desvantagem é o custo de produção que é maior, assim como a calibração é mais constante por causa das folgas que surgem com o tempo.

HK G3A2.

Mas não só isso foi alterado. A massa de mira também. Se olharmos com atenção, veremos que o topo da proteção da mira é menor que a base, dando a impressão de ser inclinada. A bem da verdade tirou-se uma parte da tampa para que mais luz incidisse sobre o pino da mira. No modelo antigo, dependendo das condições de luminosidade, o soldado tinha dificuldades para ver o pino na mira por causa da sombra que se formava. Agora, com essa menor proteção, mais luz incide, o que permite uma mira mais fácil.

 

G3A3

É a versão que dá cara ao G3 e que faz um record de vendas no mercado externo. Aqui troca-se a madeira pelo plástico. A coronha e guardamão de madeira passam a ser de plástico, a cor podendo ser preta ou verde oliva. O guardamão tinha um diâmetro muito semelhante com o modelo de madeira, assim como também tinha furos para ventilação. Essas partes em plásticos barateiam o fuzil, assim como diminuem o seu tempo de fabricação. Aqui vemos a introdução de um bipode que se mostrou complicado. Ele ficava preso um pouco mais à frente do carregador. Isso era um problema porque o centro de gravidade ficava mais para trás. Qualquer movimento em falso e a mira tendia a se locomover mais fácil, dificultando a visada do alvo.

G3A3.

Mais tarde, o G3A3 passa a receber um novo guardamão, onde fica mais largo e fechado. De primeiro somos levados a pensar que visava uma maior ergonomia do guardamão. Sim, isso está certo mas não era o motivo principal. Um dos problemas do G3 era o aquecimento do cano que era terrível com o guardamão em metal. Com o guardamão em madeira e plástico ventilado melhorou, mas pouca coisa. Para resolver esse problema de vez, os alemães fizeram um guardamão mais volumoso, onde o cano ficava mais afastado das paredes do guardamão. Por isso que ele era espaçado, para que o calor não incidisse com mais intensidade.

G3A3 com material plástico verde oliva.

Para auxiliar ainda mais com o problema do aquecimento, uma manta antitérmica é colocada em volta do cano. Isso fazia com que janelas de ventilação fossem desnecessárias. E com o novo guardamão veio um novo bipode. Agora volta a ser como era antes. O bipode ficava na altura da massa de mira, mais distante. Isso fazia com que o centro de gravidade ficasse mais ao centro, o que propiciava uma mira mais estável para quem movimentasse o fuzil, o que facilitava mais a visada do alvo.

Com o tempo outra alteração no desenho técnico foi a parte de baixo da caixa da culatra. Ao desmontar o fuzil, o soldado pode destacar a empunhadura e a parte de baixo da caixa da culatra. Esta é de metal e guarda o grupo do gatilho enquanto que a empunhadura é de plástico. Visando diminuir o custo e aumentar a durabilidade, os alemães fizeram uma única peça de polímero unindo a empunhadura e a parte de baixo da caixa da culatra. Também foi alterada a empunhadura em virtude do feedback dos clientes estrangeiros. Ocorre que soldados com mãos médias ou pequenas achavam a empunhadura do G3 muito grossa. Agora a empunhadura passa a ser um pouco mais fina e de linha reta, o que cabe bem para mãos de diferentes versões. Na Alemanha, esse grupo de polímero foi feito para a Marinha e ofertado a clientes estrangeiros caso assim preferissem.

G3A3 com guardamão largo.

As últimas versões do G3A3 incorporavam mais algumas melhorias. Um dos problemas do G3 era a possibilidade da cápsula ejetada acertar a cara do soldado. Ou muitas vezes, cai em cima de soldados ao lado. Isso ocorre em virtude da alta velocidade em que o extrator ejeta a cápsula. Essa alta velocidade se dá pela grande energia do 7,62 x 51 mm em cima do sistema de roletes. Esse sempre foi um problema para sistema de roletes com calibres mais potentes. Para solucionar isso, as últimas versões do G3 vinham com um defletor localizado na parte de trás da janela de ejeção. Quando a cápsula era extraída, ela rebatia nessa pequena peça, fazendo com que ela fosse direcionada para o lado direito e levemente à frente, era uma solução simples que veio tarde. Esse defletor é mais tarde usado na família G36. O cano passa a ser poligonal também, dando maior estabilidade e energia ao projétil, mas no final poucos fuzis foram feitos com esse cano (recomendo a leitura do artigo sobre o HK G41 para maiores informações sobre esse tipo de cano).

HK G3 usado na guerra civil na República Dominicana – 1965.

Com a última versão também veio a possibilidade de seletor de regime de disparo e trava ser ambidestro. Pode parecer uma coisa simples mas não é. Se levar em conta o desenho técnico interno, há que se fazer um arranjo interno para que uma tecla seletora seja colocada do outro lado do fuzil. Para usar esse sistema ambidestro, tinha que se trocar todo o grupo do gatilho e da parte de baixo da caixa da culatra. Também havia a possibilidade do cliente comprar o fuzil com um carregador de plástico semitransparente.

 

G3A4

Levando em conta o aprendizado obtido com o G3A1, os alemães acharam por melhor fazer uma versão refinada de um fuzil com coronha retrátil. O refinamento consistia na troca das partes de madeira por plástico, tal qual o G3A3 porém com uma coronha retrátil. Curiosamente, a base da coronha retrátil não tinha furos para guardar os pinos de desmontagem da caixa da culatra. Se o soldado fosse fazer a limpeza, teria de ter todo o cuidado com esses pinos. E, novamente, se mantém o mesmo layout de duas hastes finas, o que seria um problema para apoiar a face lateral do rosto. Uma alteração feita foi a base que passa a ser mais plana, o que dá uma maior área de contato com o ombro, amortecendo melhor parte do recuo ao invés das duas finas hastes do modelo A1.

G3A4.

Assim como o G3, houve versões com guardamão mais fino com janelas de ventilação e versões com guardamão mais largo com a manta antitérmica. Assim como no A3, existem modelos com opção de empunhadura e parte de baixo da caixa da culatra em uma única peça de polímero. Isso é interessante porque a mesma versão da arma pode ter configurações diferentes.

G3A4 ainda é usado pela Noruega.

Por exemplo, guardamão fino com empunhadura e parte da caixa da culatra em polímero. Ou guardamão mais largo com empunhadura de plástico e parte de baixa da caixa da culatra de metal. No fim, é a mesma versão do fuzil. As últimas versões, assim como a versão A3, tinha um defletor para que as cápsulas ejetadas não acertassem a cara do soldado.

G3A4.
G3KA4

Esta nada mais é que uma versão carabina do G3A4. O K vem de “karabiner”. Esse modelo tinha um cano menor de 315 mm e se destinava, em um primeiro momento, a tropas de paraquedistas. Porém como havia um amplo emprego do G3A4, não houve muito interesse nessa versão. Ela ficou relegada mais a polícia e órgãos de segurança.  Em virtude do calibre, teve poucas vendas porque existem modelos menores e mais leves usando o 5,56 x 45 mm, na qual tem um rendimento muito melhor. Assim como nas outras versões, as últimas versões do G3KA4 tinha seletor e trava ambidestro e defletor de cápsulas. O problema de esquentar o guardamão passa a ser um problema novamente. Um cano mais curto tende a esquentar mais rápido. Foi feita até uma versão com guardamão mais largo, com manta antitérmica e janelas de ventilação. Mas não saiu do protótipo.

G3KA4.
PSG1

Esta é uma das armas mais famosas e merece um destaque, a versão para tiro de precisão do G3. Muito se especula que ela é fruto do fracasso da tentativa de resgate dos reféns no trágico episódio de Munique, em 1972. De fato, a polícia não estava preparada para aquela situação, onde se fez falta o treinamento dos serviços de segurança e não a arma em si, já que haviam atiradores de elite com fuzis de repetição, armas excelentes por sinal. Levando em conta que o PSG1 surgiu somente em 1984, não foi uma arma para suprir uma arma de precisão, pois os alemães já tinham modelos para isso. Ela foi feita para dar mais praticidade aos atiradores de elite das polícias e das forças de segurança e não para militares, já que é uma arma muito cara e refinada para ser produzida em grandes proporções.

PSG1.

A origem da ideia do PSG1 veio com os veteranos da 2ª G. M., onde diziam que um fuzil semiautomático era melhor que um fuzil de repetição. Isso foi notado quando o G43 passou a ser usado como fuzil de precisão. Com o fuzil de ferrolho, o movimento do ferrolho faz o soldado perder a postura da mira, levando mais tempo para retrabalhar o enquadramento de mira, que não era algo fácil em muitas situações. Além do mais, o movimento do braço e ombro para manusear o ferrolho poderia ser visto de longe pelo inimigo caso ele estivesse sendo vigiado. E além disso, algumas vezes o atirador de elite tinha vários alvos à sua frente em movimento, onde ele tinha que tomar medidas rápidas, coisa que não conseguiria com um fuzil de repetição.

Com base nisso a HK usou como plataforma o G3A3 para criar um fuzil de precisão. Os elementos principais continuam o mesmo. Estamparia de metal e blowback desacelerado por roletes. Porém, há algumas alterações que tornam essa arma única. A começar pelo cano. É um cano bem mais pesado, com comprimento de 650 mm. Isso gera um recuo menor e uma precisão maior para o disparo. O fuzil não tem as miras fixas já que foi projetado para usar uma mira telescópica de 6 x 40 produzido pela Hensoldt Wetzlar. Há uma base fixa reforçada na caixa da culatra para ela. Isso evita que a mira trema a cada disparo. Havia um curioso sistema de bateria que, quando acionado, iluminava o retículo da mira, para quando o atirador estivesse em lugares de baixa luminosidade, sem expor a mira dele. A graduação dessa mira é de até 600 metros.

Policiais alemães com PSG1.

O cano teve toda uma atenção especial. Com o comprimento de 650 mm e com parede reforçada, esse cano não tem raias. Ele é poligonal de 6 lados. São faces dentro do cano que giram para a direita. Como não existem raias, os gases ficam praticamente aprisionados atrás do projétil, onde este ser como um vedante do cano. Com mais gases aprisionados atrás do projétil, mais rápido sai o projétil. Da mesma forma mais estável ele fica, dando ao atirador uma precisão maior se comparado com um cano raiado. Mesmo que a precisão maior seja pouca se comparada com um cano raiado, para um atirador de elite, toda e qualquer precisão a mais é mais do que bem vinda.

Se notarem com cuidado, verão uma grande base no fim da empunhadura. Essa base é para manter o fuzil na posição de reta com o tripode. Haverá momentos em que o atirador não poderá ficar a todo o momento com a mão na empunhadura. Com essa base o fuzil fica o tempo todo na posição de tiro, o que facilita muito o atirador caso tenha que tomar posição de tiro. O peso do gatilho é bem mais leve que os outros fuzis da família G3, ficando em torno de 1,3-1,5 Kg de pressão. Isso é para dar um gatilho mais suave no momento do disparo, evitando que o atirador se esforce demais a ponto de comprometer a mira.

PSG1.

Se olharem o gatilho, irão notar uma base no fim dele. Esse apoio do dedo tem duas finalidades. Você delimita o espaço do gatilho onde o dedo vai encostar. Ao fazer isso, você coloca o dedo na parte mais abaixo do gatilho, fazendo com que você faça um esforço menor ao puxar o gatilho. Mais para cima, a força a ser usada é maior. Pode parecer banal, mas para um disparo de precisão isso faz toda diferença na mão do atirador. Há ainda um apoio atrás do gatilho. Esse apoio serve para o atirador saber o curso final do gatilho, não tendo a necessidade de puxar ele todo para trás. Isso torna o gatilho praticamente uma tecla que, ao ser premida, realiza o disparo.

Para maior conforto do atirador, é adiciona uma coronha ajustável tanto na altura como na largura, para adequar às dimensões do ombro, braço e cabeça do atirador. Com um apoio mais alto, o atirador pode apoiar a face lateral do rosto sem esforçar o pescoço. Isso é muito importante para o tiro de precisão. A combinação com o tripode especial permite fazer o fuzil ficar na posição fixa que o atirador quiser, mesmo em ângulos longitudinais diferentes.

Há que dizer o botão de auxílio de fechamento do ferrolho. Esse botão tem mais a finalidade de manter um baixo ruído de operação do que forçar o trancamento do ferrolho. Quando o soldado puxa a alavanca de manejo até o final, há um som (completamente normal) de quando se arma o fuzil. Esse som pode mostrar a posição do soldado em ambientes curtos ou em que se está em silêncio. Para o atirador de elite, ele é instruído a puxar a alavanca de manejo o suficiente para colocar o cartucho na câmara do cano. Como ele não colocou muita força, o ferrolho não irá fechar. Então ele apertará esse botão localizado logo atrás da janela de ejeção para fechar manualmente o ferrolho, fazendo um barulho menor.

PSG1.

Todos esses apetrechos deram ao fuzil um peso de 8,5 Kg. Isso pode parecer algo ruim, mas não é. Para a atividade de atirador de precisão, o peso da própria arma serve para absorver parte do recuo que, por sua vez, já é levemente atenuado pelo comprimento maior do cano e pelo sistema de roletes. Isso torna o PSG1 uma das armas mais suaves de se disparar, o que deu fama a sua grande qualidade para o papel a que fora criado, a de um fuzil de precisão para polícias e órgãos de segurança.

 

MC51

Muitas vezes esta versão é chamada de HK51 quando o correto é MC51. Embora o desenho técnico e propriedade industrial sejam da HK, o MC51 foi produzido pela empresa inglesa FR Ordnance Int.. Essa empresa visava uma carabina compacta do G3 para uso pelo SAS, assim como outras tropas especiais e órgãos de segurança. A ideia era substituir a submetralhadora por uma arma de mesmo tamanho porém com calibre mais potente. O MC 51 nada mais é do que um G3 com um cano de 250 mm.

MC51.

O que pode parecer algo compacto e versátil se mostrou completamente ruim. O cano é muito pequeno para o potente calibre 7,62 x 51 mm. Isso gerava no cano uma grande chama quando disparado. Grandes chamam revelam a posição do soldado ao inimigo. Isso ocorria pelo cano pequeno e pelo quebrachamas que se mostrava insuficiente para a tarefa. Além disso, havia o problema do grande recuo. Leve, com 3,4 Kg carregado e cano curto, o recuo é violento. Mesmo em soldados bem treinados, os tiros consecutivos tinham uma dispersão muito alta. Em rajadas curtas a arma, além de ser incontrolável, era completamente imprecisa.

Não eram somente esses os problemas. A energia do 7,62 x 51 mm gerava uma pressão muito alta sobre o mecanismo da carabina. Com o tempo, o cano entortava, os roletes quebravam e a câmara do cano ganhava uma leve distorção. O transportador do ferrolho muitas vezes ficava frouxo e não ciclava corretamente. O pouco tempo de treino e uso pelo SAS mostrou que o projeto era completamente inviável em virtude do calibre muito potente para um cano muito curto. Não tardou e essa versão foi descontinuada.

A título de curiosidade, a mesma empresa lança uma versão menor ainda, com um cano de 115 mm. Isso apenas piorava as coisas. O recuo era maior, a chama era maior, o som era mais alto e a arma se desgastava com muita rapidez. Não foi adotada por ninguém.

MC51K.

HK G3

Calibre: 7,62 x 51 mm
Comprimento total: 1020 mm
Comprimento do cano: 450 mm
Cadência de disparo: 550-600 dpm
Peso: 4,1 Kg
Carregador: 20 cartuchos

 

Curiosidades

Nos anos 80 uma empresa americana desenvolveu um kit para converter o G3 em um fuzil bullpup. A Tomark Industries já fizera outros modelos de armas em bullpup. Mas para o G3 era algo quase sem sentido porque o soldado (ou atirador desportivo) teria de usar o carregador como empunhadura. Quando falamos de um fuzil calibre 7,62 x 51 mm, de cara vemos que seria muito incômodo de atirar.

G3 protótipo.

Nesse mesmo pensamento a empresa Armament research Corp. também fez um kit de conversão para o G3 destinado ao público desportivo. Tanto esse modelo como o da Tomark teria um problema. Por ser um blullpup de linha reta, as miras ficariam muito abaixo da altura do olho do atirador. Desta forma o atirador teria de curvar a cabeça para que pudesse fazer a mira, o que seria muito incômodo também.

G3 Protótipo.