G11 – Parte 1

O G11 foi sem dúvida o fuzil de assalto mais radical e inovador após o StG44. Tinha um conceito único, avançado e simples ao mesmo tempo. Usaria uma nova filosofia de munição e novo conceito de emprego que tentaria marcar uma nova forma de uso de um fuzil de assalto. Foi um fuzil radical com um conceito avançado até para os dias de hoje. Se o Steyr AUG era futurista, o G11 era de outra dimensão. Neste artigo dividiremos a parte em histórica  e técnica, pois assim fica melhor para o entendimento do programa e da arma em si.

 

Origens

Nos anos 60 a então Alemanha Ocidental estava recebendo o G3 e, embora o fuzil fosse excelente, os alemães estavam preocupados com um fato. O alto recuo do 7,62 x 51 mm fazia com que fosse impossível o uso de rajadas controladas. Ainda mais, em tiros consecutivos dificultavam muito o acerto no alvo já que o recuo forte gerava uma maior dispersão dos projéteis. Levando em conta que a Alemanha Ocidental enfrentaria um inimigo (Pacto de Varsóvia) em maior número, o soldado alemão ocidental teria de ter maiores chances de acertos em virtude de ter um exército menor. Assim compensaria a menor quantidade de soldados.

Por mais que o treino fosse exemplar e que outras medidas atenuasse o recuo, as chances de derrubar o alvo no primeiro disparo ainda eram pequenas. Se o alvo estivesse em movimento, as chances de acertar o alvo seriam muito menores ainda porque se errar o 1º disparo, até fazer a mira e disparar novamente o alvo já tomou uma posição em que o 2º disparo terá grandes chances de errar o alvo, mesmo se este se locomover por poucos centímetros.

Soldado alemão com um G3.

Surge então a ideia de fazer um fuzil de assalto que permitisse ao soldado uma maior chance de acerto no primeiro disparo. Os sistemas ortodoxos partiam da premissa de um calibre menor, mais leve e de recuo mais controlável.  Outros métodos eram o uso de compensadores de canos, mesmo compensadores especiais que diminuíam ainda mais o recuo. Outro método era o uso de layout reto, como o E.M.2 e M16. Porém todos esses métodos, por mais que atenuassem o recuo, não resolviam o problema da dispersão. Em rajadas curtas normais, os disparos tendem a subir para o lado direito ou esquerdo. Isso acontece porque, a cada disparo, o recuo faz o braço e o ombro do soldado se mover para cima. É por isso que os disparos tendem a subir. E é por isso que o fogo automático é praticamente inútil.

Uma forma de solucionar isso era o uso de uma alta cadência de disparo que faria vários projéteis sair do cano a uma velocidade tão alta que o soldado não sentiria o recuo dos 3 disparos e sim o recuo de 1 disparo, fazendo os 3 projéteis acertar o alvo em uma dispersão muito menor, ou fazer com que um dos projéteis acerte o alvo com maior chance de acerto. Embora o calibre 5,56 x 45 mm que ainda estava sendo testado nos EUA fosse mais leve e recuo menor, ainda sofria da dispersão em tiros consecutivos e, no começo dos anos 60, a Alemanha Ocidental não tinha acesso a esse tipo de informação e estipulara o alto índice de acerto nos primeiros disparos, independente do calibre ou modelo.

 

HK G11 – Um longo caminho

Ainda em 1968 começam os primeiros estudos do que seria essa arma, que permitisse alto índice de acerto já no 1º disparo. E para se ter um alto índice de acerto, deveria se usado como base 3 fatores. Uma rápida aquisição de alvo, burst de alta velocidade e controle do recuo. Essas eram as premissas para que o novo fuzil de assalto fosse feito. Não importava como fosse ou qual mecanismo utilizaria, tinha de cumprir esses requisitos. Para começar, estuda-se o conceito de alta cadência de disparo onde em1970, um modelo é feito usando o calibre 9 mm P, apenas como demonstrador de conceito. Se via o layout do fuzil e se o mecanismo de alta cadência de disparo era viável.

Modelo conceitual em 9mmP - 1970.

Diante da aprovação do conceito, são determinados os requisitos principais do programa. Um fuzil que não pesasse mais que 4,5 Kg. Tivesse um comprimento total de 750 mm, burst de alta velocidade e carregador para 50 cartuchos. Ficou visto que o sistema teria de ser reformulado uma vez que, embora o conceito fosse viável, ele ainda não era tão rápido em virtude de usar um calibre convencional. A única forma de aumentar a velocidade de ação do mecanismo de disparo seria de usar uma munição caseless (sem estojo) que já estava sendo pesquisada para isso. Mais abaixo é explicado porque que a munição tinha de ser assim. Em 1971 um modelo é feito usando o primeiro calibre caseless 4,85 x 45 mm, na qual parte do projétil ficava de fora. Pelo andar do programa, achavam que a arma estaria pronta em 1973 para entrega ao exército em 1976. Mal sabiam que ainda faltariam mais de 10 anos ainda.

Protótipo de 1971.

Embora o modelo da HK fosse viável, ele era muito complexo e caro, o que fez o governo alemão desaprovar esse modelo. Ele usava um sistema em que o cano e o carregador eram fixos e o mecanismo de disparo se movimentava. Porém era um grupo muito grande para ficar se movimentando, de tal ponto que se mostrou deficiente e problemático em virtude da precisão ser muito ruim e o mecanismo de disparo tender a quebrar.

Para tanto, uma nova versão é feita e demonstrada em 1974. Esse modelo se mostrou promissor, com uma cadência de disparo de 1.800 em burst e 400 dpm em automático. Esse modelo se mostrou melhor já que tinha um sistema um pouco mais simples e serviu para que o governo alemão desse sinal verde para o programa.

Protótipo de 1974.

Entretanto, a HK se deparou com muitos problemas. O mecanismo de disparo era complexo e quebrava com freqüência, embora aos poucoa fosse melhorado. A munição ainda era deficiente, com um desempenho inferior ao 5,56 x 45 mm. E para piorar, os soldados tinham dificuldade para fazer a mira e não conseguiam acertar os alvos a 300 metros de distância. Isso fez atrasar o programa porque em 1974 se esperava entregar as armas em 1977. Esse calendário não teria como ser cumprido.

Da esquerda para a direita, de cima para baixo. Protótipo de 1971. Protótipo de 1974. Protótipo de 1974, 1º modelo, e protótipo de 1974, 2º modelo.

Desde então, o programa teve o ritmo desacelerado para que fizesse os devidos estudos e correções do projeto do fuzil. Até 1985, outros protótipos foram feitos para corrigir problemas e criar novas soluções.

De cima para baixo. Protótipos de 1976. De 1977 e de 1981.

Nesse ínterim de pesquisa e desenvolvimento, várias outras tecnologias foram testadas nos protótipos a fim de ver quais eram exequíveis. Ou seja, aquelas que a Alemanha Ocidental poderia fazer em produção em massa sem que os custos saíssem de controle. Além disso, também foram testados vários tipos de miras reflexivas e telescópicas para ver qual modelo seria o ideal. As miras tinham o mesmo problema, tinha de ponderar pelo melhor custo e benefício para que os custos da arma não extrapolasse o orçamento. Também cabe dizer que outros tipos de polímeros foram testados em cada protótipo. Tudo isso tinha que ser muito bem balanceado para fazer um fuzil robusto, eficaz, condizente com a tecnologia que seria usada sem passar do valor final estipulado pelo governo alemão.

Em 1986, com o modelo nº 14 é que o fuzil passa a se chamar G11, após o amadurecimento devido do programa e, em 1987, ele passa a ser feito em pequenas quantidades para avaliação do exército alemão. Até então, a munição havia sido trocada para a 4,7 x 33 mm, uma munição com o projétil completamente vedado.

Apresentação do G11 em 1986.

 

Munição inovadora

Tudo no G11 era inovador e a munição não poderia ser diferente. Precisamos ver antes a munição para melhor entendimento do conceito do fuzil. Munições caseless, aquelas sem cápsulas, existem desde há muito tempo. Porém o conceito não era devidamente desenvolvimento porque resquícios do material da munição ficavam no cano após o disparo. Os alemães decidem por criar uma munição caseless que não ficaria nada no cano e nada a ser extraído. O cartucho caseless passa por vários formatos antes de se chegar ao modelo final 4,7 x 33 mm. Aqui focaremos mais o modelo final para não tornar a leitura maçante.

O cartucho é simples. É no formato retangular, tem uma espoleta, um propulsor em cima dela, o projétil e em sua volta o propelente. Na parte de cima há uma fina tampa de plástico. A munição 4,7 x 33 mm tem um tamanho bem menor porque o propelente é moldado em volta do projétil. Como tudo estará dentro da câmara de deflagração, a câmara fará o papel da cápsula, já que nada ficará dentro dela. Esse propelente foi pesquisado e desenvolvido pela Dynamit Nobel, como um propelente especial. Especial porque, como não havia cápsula, ele deveria ser resistente a condições externas e altas temperaturas. A sua fórmula fazia com que seu ponto de ignição fosse bem maior que os propelentes convencionais. Isso era para evitar o efeito cookoff, quando a munição dispara sozinha em virtude do alto calor da câmara do cano.

Munição 4,7 x 33 mm.

Com um tamanho bem menor, o formato da munição era quadrado e não de circular. Isso para aproveitar o espaço interno do carregador, se encaixando perfeitamente. A munição convencional é redonda e dentro do carregador cria espaços vazios por causa das curvas da cápsula. Isso ajudava o 4,7 x 33 mm a racionalizar melhor a quantidade de propelente e volume da munição. Esse tipo de munição traz muitas vantagens. A começar pelo maior volume de cartuchos que o soldado podia levar. Enquanto que um soldado com o M16A2 podia levar até 240 cartuchos de 5,56 x 45 mm, o soldado com o G11 podia levar consigo 510 cartuchos. O que implica em menor espaço para acomodar a munição se compararmos valores iguais.

Note o diminuto tamanho da munição.

O cartucho tinha um sistema diferente de ignição. No fuzil, o percussor era uma base com um pino acionado por uma mola a cada vez que o disco girava. O cartucho 4,7 x 33 mm tinha uma espoleta que era acionada por esse percussor. Como o propelente envolvia o projétil, poderia correr da queima do propelente gerar gases que sairiam antes do projétil, já que ele envolve todo o projétil, incluindo a ponta. Esses gases sairiam antes do projétil, dando uma energia e menor velocidade para ele. Para evitar essa situação, é colocado um propulsor na base do projétil. Esse propulsor queimaria em uma velocidade bem maior que a do propelente, fazendo o projétil sair enquanto ocorre a queima do propelente. Quando o propelente tiver terminado de queimar, o projétil já estará na frente, sem o risco de perda de gases porque foi impulsionado antes pelo propulsor.

Mas agora deve surgir uma pergunta. E a tampa plástica do cartucho? Essa tampa continha elementos que queimavam de forma secundária. Após a deflagração, o propelente acionado pelo propulsor queimava essa tampa plástica. O projétil saía à alta velocidade e os gases atrás impeliam pelo cano o que tinha sobrado da tampa plástica e do propulsor. Pequenos dejetos caíam a 1 ou 2 metros do cano, de tamanhos minúsculos.

Munição 5,56 x 45 mm ao lado de um 4,7 x 33 mm.

A munição 4,7 x 33 mm tem um conjunto de elementos químicos que geravam menos chamas durante os disparos, assim como menos resíduos internos. Permitia uma alta cadência de disparo gerando uma maior precisão. Como não havia cápsula, o projeto do fuzil não precisava de um extrator. E como não precisava de um extrator, não precisava de uma janela de ejeção, solucionando, na época, o problema dos fuzis bullpups para os canhotos, em que a cápsula poderia acertar a cara. E pelo tratamento feito na munição pelo processamento de solventes, a munição tinha grande resistência a altas temperaturas e a água, o que tornava o fuzil menos suscetível a panes por alta temperatura e condições úmidas e molhadas. Que fique claro, falamos aqui de teoria.

Esse tipo de munição tinha algumas desvantagens. Antes de tudo, era na época uma munição muito cara de se produzir, com uma cadência de produção baixa em virtude dos custos e da matéria prima. A munição 4,7 x 33 mm era frágil, como não tinha latão em sua volta, qualquer pancada poderia deformar ela, impossibilitando o uso no carregador ou na câmara. O calibre 4,7 x 33 mm tinha um bom rendimento. O G11 tinha um cano de 540 mm, maior que os normais. O projétil saía da boca do cano a 940 m/s com 146 Kgfm de energia. Porém, o projétil perdia pouca velocidade e energia a medida que se distanciava do cano. A 300 metros o projétil tinha uma velocidade de 680 m/s com energia de 79 Kg. Leve em conta que 25 Kgfm de energia é suficiente para derrubar uma pessoa nessa distância. A energia gerada na câmara do cano pelo 4,7 x 33 mm era de 58.000 Psi.

As partes que compõem o cartucho 4,7 x 33m. Da esquerda para a direita. O propelente em forma de cápsula (com a espoleta em sua base), o propulsor, o projétil a tampa plástica.

O projétil tinha uma grande velocidade e energia de tal ordem que não tinha tanta influência de ventos laterais. A sua trajetória era mais reta, o que aumentava a precisão. O projétil podia perfurar um capacete de aço de 7 mm de espessura a 600 metros de distância. O projétil tinha poder de penetração grande para a época e, no final dos anos 80, viram que tinha boa penetração contra vestimentas balísticas. Além disso, o composto químico do propelente fazia com que a queima gerava menos chamas o que era ótimo para o soldado, já que isso ocultava mais a sua posição de disparo diante do inimigo. Não só isso também, como não havia ejeção de cápsulas, ficava mais difícil para o inimigo observar de onde vinham os disparos. Ocorre que existem treinos em que o soldado consegue descobrir mais ou menos onde está o atirador observando as cápsulas sendo ejetadas.

 

Sistemas inovadores

O G11 englobava novos sistemas que até então não haviam sido pensado antes. Não só os sistemas, mas também novos conceitos.

G11.

Antes de tudo a ideia era de ter um fuzil que fosse simples de operar. Isso fez com que seu design fosse mais liso, sem cantos vivos, sem alavancas ou protuberâncias. A arma era praticamente selada para que não entrasse resíduos e sujeiras externas. Isso era ótimo que porque o fuzil tinha menos propensão a panes por sujeira. A preocupação com isso era tanta que o receptáculo do carregador tinha uma tampa de plástico que, quando retirado o carregador, essa tampa se fechava por ação de uma mola.

O próprio carregador era inusitado. Ele era monofilar, colocado justamente em cima do cano do fuzil, onde era preso com a munição já na câmara do disco. Isso ajudava no princípio do layout reto da arma. Em uma arma de layout reto, o recuo do disparo age na altura do cano que joga a energia para trás. Porém, se o cano está acima da linha da coronha, o movimento de levantar é maior. Em armas de linha reta, a coronha e o cano estão na mesma linha. Isso faz o recuo ser melhor administrado porque não se tem a maior elevação do cano em fuzis com a coronha numa linha abaixo.

G11. Note a posição onde fica o carregador do G11.

Para aumentar a velocidade de aquisição do alvo, foi desenvolvida uma nova mira.  A mira ótica não era uma mira com função telescópica para sniper ou DMR. Ela era uma mira de 1x com grande capacidade de iluminação. Ao olho do soldado o alvo aparecia limpo e sem deformidade ou coloração diferente. Isso foi feito para que o soldado, assim que empunhasse o fuzil no ombro, tivesse uma visão clara e rápida do alvo, ao ponto de apontar já fazendo a mira, em um movimento praticamente instintivo. As chances de o soldado acertar o alvo eram maiores. A altura da mira funcionava perfeitamente com o layout do fuzil. Se notarem, verão que o carregador e parte do mecanismo de disparo (esta por suas próprias grandes dimensões) ficavam em uma posição acima da empunhadura. Isso tornava o fuzil mais alto do que os outros, parecendo uma grande caixa. Mas essa altura com a mira tornava o fuzil mais fácil de visar o alvo.

A aquisição do alvo é mais fácil com o layout e a disposição da mira.

Pode parecer entranho mas isso não era ruim. Como a caixa da culatra era numa posição mais alta, e como havia a mira ótica em cima dela, ao soldado ficava mais fácil fazer o enquadramento de mira. Acrescente a isso a graduação única da mira de 300 metros. Até essa distância não havia a necessidade de ajustar a mira por causa da trajetória reta do projétil. Caso o soldado quisesse, poderia aumentar a graduação da mira. Mas era quase inviável pelo fato de que a distâncias maiores muito dificilmente o soldado conseguiria derrubar o alvo com um fuzil convencional.

Para ajudar ainda mais na aquisição do alvo, como o fuzil era um bullpup, o centro de gravidade ficava na mão do soldado, fazendo com que o peso do fuzil descansasse no ombro dele. Isso tornava o fuzil mais fácil de manusear durante a aquisição do alvo se comparado com um fuzil convencional. O desenho técnico do G11 era assim justamente para dar ao soldado maior rapidez de aquisição de alvo.

Para que existisse uma alta cadência de disparo, o fuzil necessitaria de uma munição especial. Munição normal, com cápsulas, tem dimensões maiores. Existe a necessidade de um grande movimento do ferrolho para que um cartucho seja introduzido na câmara do cano para depois a cápsula ser retirada. A cada movimento é um tempo que se leva para a alimentação do cano. Com um cartucho menor, a distância entre o movimento de alimentação é bem menor. Levando em conta o uso o mecanismo de disco, o tempo que se leva para essa alimentação é menor se comparado com os cartuchos convencionais.  A bem da verdade é possível alta cadência de disparo por outros sistemas específicos, como o AN-94.

Desmontagem onde se vê o carregador, o cano e o sistema do disco.
O sistema do disco em destaque. O tubo em cima é o cano e o debaixo é o êmbolo.

Como a munição 4,7 x 33 mm não tem cápsulas, o fuzil não precisa de um movimento de extração. A cada cartucho que entra, é disparado e em seguida um outro entra  logo atrás porque na câmara do cano não fica nada e assim não há o que se expelir. É por isso que a munição caseless torna rápida a cadência de disparo porque se corta pela metade o tempo de alimentação do cano. Não há todo aquele movimento do transportador do ferrolho e pistão, indo e voltando a cada disparo. O que se tem é um disco que fica girando a cada disparo, sem sair do lugar.

Desenho que mostra como o carregador alimenta a câmara disco.

Agora você deve estar se perguntando. E se o cartucho falhar? O soldado terá de girar a alavanca de manejo. Ao fazer isso, o disco do mecanismo, onde está a câmara do cano, gira 90º e fica na vertical. Com o fim do movimento, um cartucho novo entra nessa câmara, empurra o cartucho falho para baixo, onde ele sai por um orifício localizado atrás da empunhadura. Ao final da manipulação da alavanca de manejo, a câmara do cano fica alinhadahorizontalmente com o cano, pronta para o próximo disparo.

Aqui entra o centro do conceito e tecnologia do fuzil. O G11 dispara em semi, auto e burst. O grupo de disparo consistia em 3 elementos. Cano, carregador e mecanismo de disparo que estavam ligados entre si. A cada disparo, esse grupo se locomovia alguns centímetros para trás. Isso era uma forma de atenuar parte do recuo, recuando o grupo até que a energia do recuo chegasse a um patamar mais fraco quando o choque do recuo fosse jogado para o ombro do soldado. Em regime automático, a cada disparo o grupo todo se locomove com uma cadência de disparo de 450-500 dpm. Porém, no regime de burst o sistema funciona de forma diferente.