SIG 550

O SIG SG550 surgiu mais pela necessidade da substituição do Stgw 57 do que pela inovação tecnológica de sua plataforma. Para substituir o Stgw 57 não era tão difícil, pois a plataforma do SG 540 já condizia com os aspectos intrínsecos do calibre 5,56 x 45 mm, o que tornava meio caminho andado. O refinamento dessa plataforma fez surgir um fuzil relativamente moderno, não sendo a última palavra da tecnologia, mas representando um ótimo fuzil de assalto que gerou várias versões em cima da nova plataforma. O SG 550 é um fuzil caro que foi comprado por vários países, mas em pequenas quantidades.

 

Origens

As origens do SG 550 ainda estão na fase de desenvolvimento da plataforma SG 540. Se olharem com atenção, verão que a família SG 540 conta com o SG 540 fuzil de assalto, SG 542, fuzil de batalha em 7,62 x 51 mm e SG 543, uma carabina em 5,56 x 45 mm. E o SG 541? Pois bem, o SG 541 foi uma plataforma de testes para uma versão refinada do SG 540. Na época os suíços viram que o exército não tinha se comprometido a comprar o SG 540 como estava, já que ele se deparava com fuzis mais modernos e mais baratos, sendo difícil conseguir competir em um patamar tecnológico. O SG 541 foi uma plataforma de avaliação para um modelo novo e superior que fizesse frente aos modelos de sua época.

Propaganda da época do SG 541. Note a semelhança com o SG 550.

O SG 541 surgiu em 1976 como uma versão refinada do SG 540. Vários modelos do SG 541 foram feitos onde, a cada versão, melhorias foram feitas para um modelo final. Tanto é que as últimas versões tinham muitos melhoramentos se comparado com as primeiras versões. Nessa fase ainda não se tinha a intenção de substituir o Stgw 57, e a meta era um fuzil para exportação. Em 1978 a Suíça demonstra seu interesse em substituir o Stgw 57, o que vinha na hora certa, pois a SIG já tinha uma versão madura do SG 541. Entretanto, antes de partir para um novo fuzil de assalto, a Suíça queria saber qual calibre usaria.

No final dos anos 70, a Suíça queria manter a sua neutralidade em virtude da sua política internacional. Ela sabia que tinha que substituir o seu antigo calibre 7,5 x 55 mm, já considerado obsoleto. Para a sua substituição, ela estuda novos calibres próprios, visando um calibre intermediário, mas que tivesse maior energia e maior alcance se comparado com o 5,56 x 45 mm. Para tanto, eles desenvolvem uma nova munição, chamada de GP 80, que significa Gewehr Patrone, ou calibre de fuzil. Era a munição 6,45 x 48 mm. E para isso a SIG usou como plataforma de testes o SG 541.

SG 541 em calibre 6,45 x 48 mm.

Testes mostraram que, em um cano de 528 mm de comprimento, o projétil de 97 grains do 6,45 x 48 mm tinha uma velocidade de 900 m/s com uma energia de 260 kgfm na boca do cano. A energia gerada era mais do que o suficiente, mas queriam um projétil mais veloz. Também foi notado que o recuo era bem maior que o 5,56 x 45 mm e isso ia contra a ideia de uma arma mais leve e controlável. A precisão também era influenciada pela velocidade e recuo da arma, fazendo com que esse calibre fosse visto com uma opção não tão adequada.

Ao mesmo tempo, os suíços trabalhavam em cima da munição 5,56 x 45 mm SS109, uma versão do calibre 5,56mm M193 com maior energia, porém, ele tinha o problema de uma velocidade menor se comparado com o M193. Diante disso, os suíços trabalharam em cima dessa munição SS109 para criar o GP 90. Assim em 1981 surgia o 5,6 x 45 mm. Em um cano de 528 mm de comprimento, o projétil de 63 grains do 5,6 x 45 mm tinha uma velocidade de 1.070 m/s com uma energia de 209 Kgfm na boca do cano. E para tanto, também foi usado o SG 541 como plataforma de testes. Os valores mostrados pelo 5,6 x 45 mm mostravam que se aproximavam mais com os requisitos do exército suíço, um projétil mais rápido, com uma trajetória mais plana, com uma energia maior que a padrão SS109 e um recuo menor do fuzil.

SG 541 em calbre 5,6 x 45 mm.

Desta forma ele passa a ser o calibre padrão do exército suíço. O 5,6 x 45 mm e o 5,56 x 45 mm é praticamente a mesma munição, com mesmas dimensões. Tanto é que uma munição pode ser usada em outra arma diferente. Entretanto, os resultados balísticos serão diferentes. O modelo suíço usa o passo de raiamento de 1:10 enquanto que o modelo belga usa o passo de raiamento de 1:7. Para melhor entendimento, 1:7 significa que o projétil dá uma volta no cano a cada 7 polegadas, ou seja, 178 mm. 1:10 é uma volta a cada 10 polegadas, ou seja, 254 mm. A Suíça adota o 5,6 x 45 mm enquanto que os modelos de exportação são feitos em 5,56 x 45 mm SS109.

Decido qual calibre seria usado, veio agora ver como seria o novo fuzil. Como a meta era a substituição do Stgw 57, os requisitos tinham de ser ponderados com o que se queria e com a capacidade que um calibre intermediário poderia oferecer. O governo suíço estabelece então três requisitos básicos. Primeiro, a arma deveria ser um fuzil de assalto padrão e uma versão menor para paraquedistas, tropas especiais, tripulações, etc. Segundo, a arma deveria ser leve para aumentar a mobilidade do soldado no campo de batalha e, por fim, deveria ter a mesma precisão do Stgw 57 a 300 metros de distância. Esse nunca foi um ponto pacífico nem mesmo na Suíça porque o relevo do país propicia combates a distâncias maiores de 300 metros e isso foi uma preocupação para os suíços.

Fuzil de assalto C42. De cima para baixo. Versão fuzil de assalto, carabina e metralhadora leve de apoio.

Em 1979 uma concorrência foi feita com a SIG com o SG 541 e a Bern Waffenfabrik com o C42, ambos os fuzis no calibre 5,6 x 45 mm. O C42 fazia o uso de pistão de longo curso com ferrolho rotativo de dois ressaltos. Testes de campo mostraram que o fuzil C42 era mais problemático se comparado com o SG 541. Ele não tinha a mesma simplicidade e principalmente resistência do SG 541. Em 1983 sai a decisão de adotar o SG 541 como próximo fuzil de assalto. Entretanto, ele já vinha sendo alterado desde 1981 para então chegar ao SG 550.

Embora o SG 541 fosse selecionado, o SG 550 só surgiria em 1986. Nesse ano é feita a primeira encomenda de 15.000 fuzis para a Suíça. Em 1987, uma segunda compra é feito, para o total de 130.000 fuzis. Essa segunda compra seria realizada somente em 1990. E assim em 1987 o fuzil SG 550 passa a ser chamado oficialmente de Stgw 90.

 

SG 550

O SG 550 é um fuzil de assalto acionado por pistão de curso curto com trancamento do ferrolho rotativo com dois ressaltos. Em relação ao SG 540, as mudanças de projeto interno são mínimas e as mudanças externas mais relativas em ergonomia. Desta forma, não iremos repetir tudo o que foi dito sobre o SG 540 porque muitas coisas são iguais, tornado este artigo repetitivo e cansativo. Assim sendo, focaremos as diferenças e versões.

SG 550 em calibre 5,6 x 45 mm.

Quando o SG 541 foi selecionado, ele passou por algumas alterações para chegar ao SG 550. Como isso foi feito após o fuzil ser anunciado vencedor e ainda não haviam feito a produção inicial, vários modelos foram submetidos a rigorosos testes antes da produção em massa. O fuzil passou por vários testes em condições extremas, como calor, frio, terra, poeira, sujeiras, água, neve e umidade. O fuzil conseguiu sucesso nos testes onde foi um aprendizado para o desenvolvimento do cano, como será comentado mais abaixo.

O SG 550 era de fato mais simples que o Stgw 57. Ele tinha 175 peças contra as 237 peças do Stgw 57. Isso significava uma arma mais simples de produzir, assim como mais rápida de fabricação. Embora tornasse o fuzil mais barato do que o Stgw 57, o SG 550 ainda era considerado caro em relação a outros fuzis de mesmo calibre. Outra vantagem era o peso do fuzil, bem mais leve já que a meta era dar maior mobilidade ao soldado. Muitas vezes as pessoas pensam que o peso em si do fuzil é o que conta. A bem da verdade não. O que conta é a munição que o soldado leva. O soldado suíço levava como padrão 120 cartuchos do 7,5 x 55 mm do Stgw 57. Com o 5,6 x 45 mm, ele leva a mesma quantidade de 120 cartuchos. Entretanto, pelo peso da munição mais leve, era um peso a menos para o soldado carregar.

O fuzil mantém o mesmo layout do SG 540, a caixa da culatra é divida em duas partes, a de cima em metal estampado e a debaixo em um bloco de alumínio usinado para maior durabilidade. Entretanto, é feito um sistema de tratamento dessas peças contra ferrugens e minifissuras que costumam aparecer com o tempo. Essas partes tem uma maior durabilidade. Outra alteração foi a empunhadura que passa a ser um pouco mais larga que o modelo do SG 540. Além disso, para o uso com luvas grossas, o guardamato pode ser dobrado para o lado.

SG 550.

O sistema de captação de gases do SG 550 é um pouco diferente dos demais. Após o disparo, os gases entram pelo orifício do cano e são dirigidos para o êmbolo de gás. Para tanto ele passa pelo regulador de gás. Esse regulador tem um sistema de direcionamento de parte dos gases. Assim que os gases empurram o pistão para trás, um canal direcionador na cabeça do pistão é movimentado, bloqueando automaticamente a passagem de gás excedente, onde o restante é direcionado para fora por pequenos orifícios. Isso faz uma pequena quantidade de gás entrar no êmbolo e acionar o mecanismo de disparo. Com uma menor quantidade de gás direcionada, menor é o estresse que as peças internas sofrem pelo movimento do pistão e do transportador do ferrolho, o que faz aumentar a vida útil do fuzil. Em outros fuzis não existe um sistema de regulagem automático de gás.

O regulador de gás agora tem somente duas opções. Normal, para a entrada controlada de gás pelo sistema descrito acima, e para condições adversas, onde se tem uma entrada maior para situações de sujeira limitada como poeira, água, etc. Notem que não há mais a opção de regulador fechado porque com o SG 550 não se tem mais a provisão de lançamento de granadas de boca. O fuzil passa a usar um lançador de granadas de 40 x 47 mm, o GL 5040. Trata-se de um lançador simples e visa a agilidade do soldado no campo de batalha. Com o lançador, o soldado não tem que ficar regulando a chave do regulador de gás, trocando carregador para usar cartucho especial e muito menos ficar acoplando granada na boca do cano. Agora ele pode lançar uma granada sem perder a capacidade de fogo do fuzil.

SG 550 com o lançador GL 5040. Note a mira do lançador acoplada na alça de mira.

As miras do fuzil, assim como o SG 540, tem uma grande graduação para 100, 200, 300, 400, 500 e 600 metros. É muita coisa porque o calibre 5,56 x 45 mm tem uma trajetória plana, não precisando de tantas graduações. O fuzil conta com miras noturnas por trítio. Esse elemento gera uma reação química radioativa que faz com que dois pontos se iluminem no escuro sem o uso de qualquer energia. Esses dois pontos luminosos são usados para distâncias de até 100 metros, pois o soldado não poderia ver mais do que isso em ambientes escuros.

A doutrina suíça é um pouco diferente dos demais exércitos. Eles priorizam a baixa exposição do soldado. Isso faz com que as miras sejam mais baixas. Se olharem com atenção, verão que a altura das miras em relação ao cano é mínima. Isso faz com que o soldado se exponha manos ao disparar já que estará com a cabeça mais baixa. Entretanto, essa posição tende a cansar mais o pescoço porque o soldado tem que dobrá-lo um pouco mais para poder ver a mira mais baixa. A preocupação do exército suíço é tanta que a doutrina de disparos é evitar ao máximo o fogo automático. Eles treinam mais o disparo semiautomático, pois acham que mais vale a pena um disparo concentrado do que vários dispersos, uma doutrina ainda da época do Stgw 57 e que tem funcionado com o SG 550.

O SG 550 também é usado por tropas especiais.

O cano passou por um tratamento especial. Ainda na fase de testes antes da produção em massa, os engenheiros da SIG notaram que os canos apresentaram leves fissuras tanto na parte interna como externa com o passar do tempo de uso. Uma forma de solucionar isso foi fazer o cano por forja a frio, o que dá maior durabilidade. Não só isso, o cano passa por um tratamento térmico na sua superfície que impede a formação de micro fissuras. Isso dá uma maior longevidade e resistência ao cano. O cano do Stgw 90 tem um passo de raiamento de 1:10, enquanto que a versão de exportação, o SG 550, tem o passo de raiamento de 1:7. Os testes realizados mostraram que o efeito cookoff acontece após 250 disparos seguidos. Esse efeito faz o cartucho ser acionado sem a ação do cão, sendo deflagrado pela alta temperatura da câmara do cano e do cano.

Os carregadores são feitos de plástico de alta resistência e são semitransparentes. O material plástico usado é de desenvolvimento suíço e patenteado. Testes feitos mostram que os carregadores são muito mais resistentes que os demais. Existem nas laterais encaixes para que outros carregadores sejam acoplados lateralmente sem ter o perigo de se soltarem. É comum ver em fotos de revistas 3, 4 ou até 5 carregadores acoplados em um fuzil, mas na prática não se usa assim pois além do peso, o equilíbrio do fuzil seria destruído. O exército suíço usa carregadores para 20 cartuchos. Algumas poucas unidades especiais usam o carregador para 30 cartuchos, mas 99,99% do exército suíço usa o carregador para 20 cartuchos.

O SG 550 com baioneta acoplada.

Muitos fuzis são entregues com carregadores para 20 cartuchos e isso não de todo ruim, não pela doutrina suíça. Os treinos priorizam os disparos semiautomáticos mais concentrados. Para a doutrina suíça, importa mais um disparo bem concentrado do que uma pequena rajada com dispersão de projéteis. Os fuzis SG 550 vêm com bipodes e eles são usados com frequência. Uma das posições mais treinadas é o disparo deitado em que o soldado usa o fuzil com um bipode e um carregador para 20 cartuchos. Pode parecer estranho, mas o treino faz com que a arma assim forneça uma grande precisão, acertando alvos de 7 x 5 cm a 300 metros de distância. Não se usa carregadores de 30 cartuchos nessa posição porque a altura do carregador limitaria a ação do soldado com o bipode.

Uma grande inovação foi a prática coronha rebatível. A família SG 550 não vem mais com coronhas fixas. Uma nova coronha rebatível foi feita. Muito mais prática, é fácil de rebatê-la por um botão em sua base e tem um ótimo apoio para a face do soldado, não devendo em nada às dimensões de uma coronha fixa. Entretanto, quando a coronha está rebatida e travada na arma, para o soldado canhoto é mais difícil de trocar o carregador porque, pela posição dela, vai bloquear o acesso ao carregador. Esse é um dos pontos negativos das coronhas rebatíveis.

SG 550 com o GL 5040.

Outra novidade tão esperada é o novo seletor de disparo, que passa a ser ambidestro. Localizado acima da empunhadura, tem fácil acesso para auto, semi, burst e travado. A SIG ainda mantém esse sistema de burst que praticamente não é mais usado. Oportuno dizer que o seletor ambidestro passou a ser pesquisado ainda no final dos anos 70 quando o modelo SG 541 estava em evolução. Desde cedo já se queria instalar isso, mas, para a cultura da época, a ergonomia era algo que não era levada em consideração quando significava mais custos na produção da arma.

O SG 550 tem um pequeno adaptador na parte de cima da caixa da culatra, na altura da janela de ejeção e na massa de mira. Esse adaptador permite colocar um trilho onde o soldado pode usar outros tipos de miras, como telescópicas ou noturnas. Alguns países ainda colocaram por esse adaptador um trilho picatinny para miras reflexivas e noturnas combinadas. Da mesma forma como no SG 540, o bipode é removível.

SG 550.

Ao todo 26 países compraram o SG 550 e suas versões para seus exércitos e órgãos de segurança. Embora exportado para vários países, as compras foram feitas em pequenas quantidades. Não que a arma seja ruim, pelo contrário. Ocorre que o SG 550 continua sendo um fuzil de assalto caro pela qualidade do material empregado, pelo fino e impecável acabamento e pelos tratamentos que a arma recebe para ter maior durabilidade. E de fato é um fuzil mais durável, mas isso gera uma arma mais cara no mercado externo. Contando com as armas produzidas para o exército suíço e as exportações, ao todo foram produzidos 590.000 fuzis SG 550.

Soldados suíços em treinamento com o SG 550.

SG 550

Calibre: 5,56 x 45 mm ou 5,6 x 45 mm
Comprimento do cano: 528 mm
Comprimento total: 1.000 mm
Cadência de disparo: 750 dpm
Peso: 3,7 Kg
Carregador: 20 ou 30 cartuchos

 

Como funciona

Após o disparo, os gases percorrem o cano e entram em um orifício na altura da mira. Esse orifício direciona os gases para um êmbolo em cima do cano. Nesse êmbolo há um grande pistão que está preso ao transportador do ferrolho. Os gases comprimem esse pistão para trás que, por sua vez, empurra o transportador do ferrolho para trás também. Após o projétil sair do cano e a pressão cair a níveis seguros, a trava do ferrolho é liberada e o ferrolho é rotacionado para o lado esquerdo, fazendo com que seus ressaltos se alinhem com as aberturas da câmara do cano.

Com o movimento de retrocesso do pistão, o transportador do ferrolho vem junto com ele. Nesse momento, o ferrolho extrai da câmara do cano a cápsula, ejetando para o lado direito, momento este que faz o transportador do ferrolho e ferrolho chegar ao final do seu curso. A mola recuperadora está em volta desse pistão do êmbolo de gás. Como o pistão está preso ao transportador do ferrolho, a mola recuperadora o puxa de volta para frente. Nesse movimento, o ferrolho empurra um cartucho para a câmara do cano. Os ressaltos do ferrolho passam pelas aberturas da câmara do cano e se rotacionam para o lado direito, travando o ferrolho e preparando a arma para o próximo disparo.

 

Curiosidade

A Suíça tem leis amplas sobre uso e porte de armas de fogo, onde se tem a maior concentração de armas por habitante, relativamente falando. Todos os soldados da ativa ou da reserva podem andar e portar seus fuzis por onde quer que estejam, desde que autorizados para isso. Não só isso, ainda podem manter o fuzil em suas residências.

Soldado suíço em um fast food portando um SG 550.
Curiosa foto em um transporte público. Cenas assim são muito raras, mas legalmente possíveis na Suíça.