CETME L

Que ironia do destino. Se por um lado a Alemanha comprou um fuzil espanhol para dotar o calibre 7,62 x 51 mm, no final, a Espanha comprou um fuzil alemão para dotar o calibre 5,56 x 45 mm.

 

Origens

Com o sucesso do emprego do CETME C, e o boom de exportações do G3 com base no projeto espanhol, os espanhóis viram uma maneira de pesquisar novos materiais para o uso em seus CETMEs ainda em 7,62 x 51 mm. Uma forma de fazer isso foi usar o CETME C como base de testes. Os espanhóis optaram por usar mais material composto, como polímeros em partes da arma que não necessitassem de metais. O uso de polímero servia não só para modernizar as armas e torna-las mais leves, mas como para fomentar a pesquisa e desenvolvimento de novos materiais em suas indústrias.

Desta forma surgia o CETME Modelo E em 1981. Este fuzil nada mais era que um CETME C com refinamentos pontuais e o emprego de polímeros na coronha, guardamão e empunhadura.  Os primeiros carregadores eram de metais, mas depois o carregador passou a ser feito em um polímero semitransparente. A fabricação dessas peças em polímero barateava o custo de produção e diminuía o tempo de fabricação.  Foi introduzida uma nova mira de giro em forma de tambor, como no modelo HK G3. Também foi incorporado um novo extrator que tornava a extração mais segura, já que algumas vezes ocorria o fenômeno da cápsula ficar presa na câmara do cano.

CETME E.

Os testes mostraram que o modelo E tinha sido um sucesso, a arma funcionava muito bem tal qual o CETME C. Alguns modelos E tinham ainda a opção de burst de 3 disparos. A bem da verdade não havia muito que melhorar no modelo C já que este era um projeto eficaz e consolidado. O modelo E chegou tarde em um momento em que a Espanha já havia dotado todas as suas forças armadas com o modelo C e as chances de exportação em 1981 eram mínimas quando o mundo se dirigia ao novo calibre em evidência, o 5,56 x 45 mm. Esse fato já havia sido constatado com o CETME modelo D, um modelo anterior com os mesmos refinamentos técnicos do E, quando se viu que não havia muito que fazer.

Os sistemas de operações para o calibre 5,56 x 45 mm começaram ainda nos finais dos anos 70. A intenção era fazer um fuzil barato de fazer e comprar, de tal maneira que não poderia perder tempo com sistemas diferentes do que estavam acostumados os espanhóis. Levando em conta o ótimo sistema do blowback desacelerado, os espanhóis optam por seguir o mesmo mecanismo de disparo. Além do mais, esse mecanismo fora feito para um autêntico calibre intermediário, como fora o 7,92 mm kurz e a adaptação não seria tão traumática.

A Espanha sabia que teria de ter o seu fuzil de assalto em 5,56 x 45 mm, assim como manter a capacidade bélica industrial de armas leves. Ainda na metade dos anos 70 se começa a pensar no que viria a ser esse fuzil. Porém, isso ocorreu de forma muito lenta, já que o CETME C acabara de ser finalmente entregue a todas as tropas. No começo dos anos 80, o modelo E praticamente serviu como um modelo de teste para o futuro fuzil de assalto espanhol em calibre 5,56 x 45 mm, usando os mesmos materiais empregados e mecanismo de operação.

CETME L – Primeiras versões

O novo fuzil de assalto então seria em calibre 5,56 x 45 mm, teria o emprego de materiais compostos e metais estampados e teria o sistema de blowback desacelerado. Os primeiros protótipos foram feitos ainda na metade dos anos 70 a título de estudos. Depois que notaram que esse seria o modelo ideal, é que partiram para a pré-série. Falamos aqui de um fuzil menor e mais leve, porém, praticamente um CETME modelo E adaptado para o 5,56 x 45 mm.

Protótipo do CETME L.

A adaptação do sistema blowback desacelerado ao 5,56 x 45 mm tinha sido um sucesso. Levando a aprendizagem do emprego de polímeros no CETME E, o modelo L também continha empunhadura, coronha e guardamão em plástico de cor verde. A arma também recebeu uma cor de tinta verde sobre o acabamento dela, tornando ela toda verde. Entretanto, não foram empregados carregadores de plástico como nos modelos posteriores do CETME E. O CETME L foi adotado pela Espanha em 1984 e, somente em 1986 foi mandado apenas para tropas especiais. Ocorre que a intenção não era, ainda, substituir todos os fuzis CETME C porque eles ainda tinham um grande estoque, o fuzil tinha pouca vida útil e naquele tempo a Espanha passava por uma crise econômica que limitava os seus gastos militares.

A arma atirava muito bem. O sistema de mira era o de tambor giratório, tal qual o HK G3, onde os soldados gostaram muito pela sua facilidade de uso. Na alça da mira havia um dispositivo para a alavanca de manejo. Não havia mais o espaço acima do cano para travar a alavanca de manejo. Para isso, o soldado puxava ela para trás e apertava um botão do lado direito da alça da mira. Isso fazia travar o fuzil, com a alavanca de manejo puxada para trás. Caso o soldado fosse atirar, apertava um botão do lado esquerdo da alça da mira que soltava a alavanca de manejo para frente, destravando o fuzil. Era uma ideia não tão boa porque o movimento da mão para travar e destravar era nada ergonômico.

Modelo inicial do CETME L.

A 1ª grande característica foi o recuo. Se comparado com outros fuzis de assalto em 5,56 x 45 mm, o recuo do modelo L era levemente menor, o que aumentava muito a precisão. Em regime automático as rajadas curtas eram completamente controláveis. Isso se dava por duas razões. Primeiro, o próprio sistema de roletes usados no blowback desacelerado fazia por absorver pequena parte do recuo, que já era menor. E, segundo, a linha reta do fuzil, mesmo não sendo bullpup. Se olhar atentamente, verá que o cano está na mesma linha da base da coronha. Isso faz com que a arma levante menos durante os disparos. Esse efeito é visto em fuzis bullpups e fuzis como o AR-10 e M16.

Pelo seu tamanho relativamente menor, não havia como manter a haste e grande mola recuperadora dentro da caixa da culatra. Assim como no M16, a mola recuperadora passa a ficar dentro da coronha, isso tirava um espaço na caixa da culatra o que permitia um tamanho menor. Isso dava ao fuzil uma cadência teórica de 650-750 dpm. Porém foi feita uma versão com coronha retrátil e para isso, a mola ficou condicionada dentro da caixa da culatra. Como a mola era mais apertada e dura, isso fez com que se aumentasse a cadência de disparo para 750-850 dpm.

Modelo inicial do CETME L.

Assim como o CETME C, o ferrolho não ficava aberto após o último disparo, o que sempre gerou uma crítica porque o soldado podia se confundir se havia acabado a munição ou se fosse uma pane. Outra mudança foi o retém do carregador que passou a ser do lado direito do fuzil, deixando de ser ambidestra como era no CETME C. Isso se dava pela idéia de simplificação do fuzil onde achavam que isso não traria tanta vantagem que justificasse uma maior complexidade do fuzil. O guardamão cobria todo o cano e logo os soldados passaram a queixar-se de que esquentava muito quando em disparos consecutivos ou automático.

O CETME L podia lançar granadas de boca por um encaixe localizado no quebrachamas. O uso da baioneta foi outra novidade não tão bem vinda. O design do encaixe fez com que fosse necessário usar uma nova baioneta e não as milhares que o exército espanhol tinha. Isso demandou mais um gasto quando a meta era diminuir os gastos. Nos modelos LC, versões carabinas do fuzil, não se podia disparar granadas de boca e nem usar a baioneta em virtude do tamanho menor do cano e da praticidade de seu uso que era praticamente nula.

Modelos iniciais do CETME L com coronhas fixa e retrátil.

CETME L – Versões definitivas

No final dos anos 80, começou o processo de produção em massa. Isso coincide justamente quando a Espanha passa por uma crise econômica. De um lado, as forças armadas precisando de um novo fuzil e de outro lado o governo quase proibido de gastar. A forma de contornar isso foi diminuir a qualidade de algumas peças, redesenhar outras partes e fazer algumas correções em virtude do feedback do uso das primeiras versões. Fica claro e notório que coisa boa não iria acontecer.

CETME L – versão definitiva.

A coronha de plástico passa a ser menor. A parte da frente é de metal com janelas de ventilação, o que solucionou o problema de aquecimento. Além disso, é trocado o quebrachamas. No 1º modelo L, o quebrachamas era do modelo bico de pato. Ele é mais simples de fazer porém é bem mais frágil com quedas e pancadas, sem falar que ele facilita a entrada de água dentro do cano. O que mais chama a atenção é que americanos já tinham notado isso ainda na guerra do Vietnã e mesmo assim os espanhóis reproduziram o erro no 1º modelo. Na versão definitiva, eles passam a usar o quebrachamastipo gaiola. Além de ser mais robusto, é mais resistente contra a entrada de água no cano. Porém, os primeiros CETME L ainda usavam o quebrachamas no formato bico de pato.

Com a contenção de custos, também trocaram a mira. O modelo de tambor giratório era mais caro de fabricar pois era mais complexo. Para isso, voltaram ao modelo que usavam no CETME C, o de girar na vertical. Esse modelo era mais barato e simples de se fazer. Porém, as miras tinham uma abertura ruim para o enquadramento delas, de tal ordem que era mais difícil de fazer o enquadramento, diminuindo assim o tempo de resposta. As miras estão graduadas para 200 e 400 metros, o que não é ruim, já que o projétil do 5,56 x 45 mm tem uma trajetória mais reta, não necessitando de graduação a cada 100 metros. Mas mesmo assim são graduações pequenas já que o soldado poderá se deparar com o inimigo a 500 e 600 metros, por exemplo.

CETME L com mira ótica de 3x.

A câmara do cano foi um motivo de problemas para o CETME L. Com um cartucho menos potente (se comparado com o 7,62 x 51 mm), os espanhóis acharam melhor tirar as ranhuras da câmara do cano, já que para eles as pressões menores do 5,56 x 45 mm não trariam problemas de ejeção. Infelizmente os problemas de ejeção voltaram. Ocorre que mesmo para o 7,92 mm kurz os alemães viram que era importante as ranhuras. Com o 5,56 x 45 mm não poderia ser diferente e, assim, surgiram as falhas de extração. Após o disparo, pela ação dos gases dentro da cápsula, ela era expandida contra a parede da câmara do cano. Isso fazia que algumas vezes ficasse presa e o extrator não conseguia tirar ela da câmara do cano. E não só isso. Com o tempo de uso, a câmara do cano tendia a se entortar pelas fortes pressões internas, isso não só gerava mais problemas de alimentação como também problemas sérios de precisão.

E isso se dava, também, pela qualidade do aço. Com a ideia de baratear ao máximo o fuzil, não se teve a mesma exigência de antes. Houve uma queda brusca na vistoria da qualidade dos materiais e assim aço de baixa qualidade foi usado na produção. Desta forma, muitas outras peças tinham problemas de fragilidade. Canos entortavam, guardamão se partia, chapas da caixa da culatra de amassavam com muita facilidade. Pequenas quedas ou pancadas deterioravam o fuzil.

CETME LC com coronha retrátil.

Essa baixa qualidade recaiu também ao carregador, que foi outro foco de problemas. Os carregadores eram próprios para o CETME L, porém, carregadores padrão STANAG podiam ser usados no fuzil espanhol. Os carregadores do modelo L tinham metais muito finos e molas frágeis. Havia que se ter todo cuidado com eles. Para piorar a situação, em virtude dos cortes orçamentários, os carregadores foram produzidos em pouca quantidade. Os soldados tinham que contar todos a cada treino ou missão, o que era no mínimo ridículo, a ponto de serem penalizados pela perda de um. Os carregadores falhavam muito em virtude dos amassados ou da mola frágil. Na guerra do Golfo de 1991, os espanhóis tiveram que pedir aos americanos carregadores emprestados para que pudessem combater, pois os deles eram contados a dedo, isso quando não davam pane.

Além dos carregadores dando pane, o fuzil também dava pane. Muitas vezes a arma não disparava, ou o ferrolho não fechava. Isso se dava em virtude de sujeira interna. Após uma breve investigação, descobriram que o problema era a munição. A qualidade da munição 5,56 x 45 mm produzida na Espanha era muito ruim. O propelente tinha um alto índice de sujeira que, a cada disparo, impregnava o fuzil por dentro com fuligem. Cabe recordar que partes dos gases vão dentro da arma pela câmara do cano já que não há um sistema de gases no fuzil. Portanto, a limpeza era uma constante. Infelizmente os espanhóis parecem que ignoraram por completo as lições aprendidas no Vietnã com o M16. Diante de tal situação, houve um improviso. Na janela de ejeção está transportador do ferrolho. Há um pequeno buraco no lado direito. Se o ferrolho não fechar, o soldado coloca a ponta de um cartucho nesse buraco e, com a mão, força o fechamento do ferrolho.

CETME L.

Um erro foi a Espanha ter adotado um cano de 400 mm. Outros fuzis apresentam canos que ficam entre 470 e 520 mm. Quanto maior o cano, maior o aproveitamento dos gases e, assim, maior o alcance, precisão e poder de parada. Ao usar canos menores, você tem um projétil mais lento, com menos alcance e menor poder de parada. Para um fuzil regular isso é de todo contra producente porque as chances de derrubar o inimigo diminuem se comparado com outros fuzis convencionais. A título de comparação. O projétil sai do cano do modelo L a 840 m/s. No M16A2, o projétil sai a 922 m/s, o que insta dizer que a energia também é menor.

Isso assusta ainda mais quando a CETME lança o modelo LV, o LV é de “Ligero Visor óptico”, ou leve visor ótico em nossa língua. Esse modelo tem um trilho STANAG para acoplar miras óticas e telescópicas. Essa versão foi usada também para designated marksman, tarefa na qual o soldado deve acertar alvos além do alcance eficaz do pelotão com fuzis regulares. Se o CETME L já tem uma diminuição em seu alcance pelo cano menor, como poderia o soldado DM acertar algo a mais, mesmo usando miras telescópicas? É algo complicado de entender.

CETME LV.

Agora falando na situação hipotética ideal. A arma funcionando perfeitamente. O CETME L era um fuzil de assalto muito preciso e, principalmente, controlável. O recuo era menor se comparado com os outros fuzis de assalto de mesmo calibre. Em rajadas curtas, a arma era completamente controlável. Se o soldado usasse o automático apoiado em um bipode, o controle era total. O conceito em si do fuzil não era ruim, muito pelo contrário. Se não fosse a ideia de cortar custos em um momento que se queria a renovação dos estoques de fuzis, o CETME L poderia ser amadurecido e se tornado um dos maiores fuzis de assalto, assim como foi o seu pai, o CETME C.

Entretanto, o CETME L, infelizmente, seguiu um caminho completamente diferente. Por causa de decisões políticas, se fez um fuzil deficiente a ponto de colocar em risco o soldado e fazer com que estes preferissem o modelo anterior. O CETME L foi tão ruim que mais de 20.000 fuzis simplesmente foram da linha de montagem diretamente para o estoque, sendo nunca disparados ou tirados da caixa. Porque não valia a pena colocar esses fuzis para a tropa. Infelizmente foi o último produto da CETME.

 

Substituído por um fuzil alemão

O CETME L fez tocar o sinal vermelho na guerra do Golfo de 1991. Quando as tropas espanholas foram mandadas para aquela guerra, ficou claro como o CETME L era demasiado ruim. A arma vivia dando pane. Tinha uma grande complexidade para desmontar e limpar e, naquela região, a poeira e sujeira seca eram uma constante. Isso apenas dava mais problemas aos soldados em campo. A situação chegou num ponto que seus aliados americanos tinham que passar, às pressas, fuzis M16A2 para um rápido curso de qualificação e treino, para que os espanhóis não ficassem sem fuzil. E ainda, muitos voltaram ao velho CETME C, onde se recusavam a usar o CETME L.

Soldados espanhóis na 1ª Guerra do Golfo. Note o CETME L.

Estava claro que não havia mais como manter o CETME L por mais tempo. Muito dinheiro já havia sido investido e se fossem corrigir todos os problemas da arma, seria muito mais caro ainda do que fazer um fuzil do zero. Após mais de 100.000 fuzis produzidos, a solução foi fazer uma pesquisa e ver qual fuzis estrangeiros poderiam suprir as necessidades espanholas. Desta forma, foram testados o AUG, Galil, SIG 550, HK G36, M16A2, C7 e o FNC. Em 1996 é feito o anúncio de que iriam comprar o HK G36 e o fuzil é adotado oficialmente em 1999. O primeiro lote viria direto da Alemanha enquanto que as demais unidades seriam produzidas na Espanha. A compra englobava ao todo 75.000 fuzis G36 em várias versões. Em 2001 a produção começa na Espanha.

G36 usado na Espanha.

É irônico que a Espanha fez um fuzil de assalto que foi comprado pela Alemanha, com base em um projeto alemão dirigido por um alemão (Vorgrimler). Isso daria experiência e knowhow para fazer um novo fuzil de assalto, mas não conseguiram no final. No fim, acabaram importando um fuzil alemão que tinha como base de família de desenvolvimento o mesmo conceito que fizera o G3, O CETME C espanhol. O CETME L teve uma vida operacional de 15 anos.

CETME LC.

CETME L

Calibre: 5,56 x 45 mm
Comprimento total: 925 mm
Comprimento do cano: 400 mm
Cadência de disparo: 700-750 dpm
Peso: 3,4 Kg
Carregador: 10, 20 ou 30 cartuchos

 

Como funciona

Após o disparo, os gases geram energia que vão contra a própria cápsula na câmara do cano. Os gases no cano forçam a cabeça do ferrolho para trás pela energia gerada. Dois roletes contidos em recessos na cabeça do ferrolho são empurrados para trás, fazendo-os entrar dentro da cabeça do ferrolho. A ação de atrito dos roletes na base de travamento e parede da base do cano faz desacelerar, por milésimos de segundos, o movimento do ferrolho. Nesses milésimos de segundos, o projétil deixa o cano e os índices de gases e energia caem a níveis seguros. Então, com a energia menor na cabeça do ferrolho, ele começa a se locomover para trás.

O transportador do ferrolho está conectado a uma haste localizado na parte de cima da caixa da culatra. Em volta dessa haste há uma mola recuperadora. Com o retrocesso do transportador do ferrolho após o disparo, ele comprime essa mola para trás, junto com o grupo da cabeça do ferrolho e portapercussor, onde, ao mesmo tempo, retira da câmara do cano a cápsula. O transportador do ferrolho corre até o fim da caixa da culatra. Agora, pela ação da mola recuperadora, o transportador do ferrolho começa ir para frente, onde introduz um cartucho na câmara do cano. A cabeça do ferrolho bate na base do cano e os roletes saem de dentro e se travam nos recessos da base do cano, mantendo o ferrolho travado e pronto para o próximo disparo.

 

Curiosidades

O CETME L é um CETME E adaptado para o calibre 5,56 x 45 mm. A Alemanha fizera o mesmo adaptando um G3 para o 5,56 x 45 mm resultando no HK 33. Entretanto, embora CETME E e HK G3 sejam praticamente a mesma arma, o CETME L e HK 33 são armas completamente  diferentes, de tal modo que nenhuma de suas partes podem ser trocadas.

A fama do CETME L foi muito atacada. Diziam as más línguas que CETME significava “Cada Esquina Tiene Mierda Escondida”. Desnecessária a tradução.

O CETME L ainda é usado por algumas forças especiais e por órgãos de polícia. Algumas alterações na arma permitiram o uso de trilhos picatinny que deram maior flexibilidade ao fuzil com o emprego de miras e acessórios.

CETME LC.